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CBF quer técnico de renome para a seleção em 2023, e Ancelotti é cotado


Ainda antes de a bola rolar na Copa de 2022, dois nomes de impacto foram consultados informalmente por pessoas com total conhecimento e autorização da CBF: o catalão Pep Guardiola, do Manchester City, e, especialmente, o italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid.

Sonho antigo da seleção, Guardiola não demonstrou muito interesse em aceitar o desafio de trabalhar no Brasil. Em novembro, inclusive, renovou contrato com o Manchester City até junho de 2025 e enterrou de vez o plano da CBF.

Já Ancelotti foi consultado pela primeira vez em outubro. Ele se mostrou aberto a avançar com as conversas e, a depender do projeto apresentado, abrir negociações concretas. No entanto, o italiano avisou que só aceita conversar quando o cargo estiver vago e que pretende finalizar a temporada no Real Madrid. Aceitaria, então, assumir o cargo em junho de 2023.

Para concordar com as condições de Ancelotti, que tem acordo vigente com o Real até junho de 2024, a CBF teria que provavelmente negociar a saída dele da Espanha e, acima de tudo, também encontrar um interino para comandar a seleção nos próximos jogos, durante a data Fifa que vai do fim de março ao começo de abril -os adversários ainda não estão definidos, mas a tendência é de que sejam amistosos.

Aos 63 anos, Carlo Ancelotti é um dos treinadores mais vencedores na ativa. Foi campeão em todos os países por onde passou: Itália (Milan), Inglaterra (Chelsea), França (PSG), Alemanha (Bayern de Munique) e Espanha (Real Madrid). Tem quatro títulos da Liga dos Campeões no currículo. Atualmente, trabalha no Real ao lado de Vini Jr, Rodrygo e Éder Militão.

O treinador é um dos melhores amigos no futebol de Tite, agora ex-comandante da seleção. Recentemente, Vini Jr disse que os dois são responsáveis por sua evolução e têm estilos parecidos: "Acredito que a semelhança é do lado humano, de ter a consciência do que é o melhor para o jogador, para a gente dentro do elenco. Eles entregam tudo muito fácil para nós dentro de campo termos não só uma opção, mas sim muitas opções e saber o caminho por onde ir."

Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, já declarou recentemente que não descarta a contratação de um treinador estrangeiro para substituir Tite, que esteve no cargo de 2016 a 2022. O português Abel Ferreira, em alta no Palmeiras há dois anos, é um candidato que está na mesa, mas que, neste momento, não é consensual.

Opções brasileiras correm por fora na preferência da confederação. De contrato renovado no Fluminense, Fernando Diniz, por exemplo, conta com o lobby de vários jogadores, entre eles Daniel Alves, Thiago Silva, Bruno Guimarães, Antony e principalmente Neymar. Treinadores portugueses também são vistos com bons olhos, já que também não teriam obstáculos em relação à língua.

Antes de avançar de vez com a escolha do treinador, a CBF trabalha para contratar um novo diretor de seleções, visto que Juninho Paulista deve sair. A ideia prioritária é trazer um nome com perfil moderno e profissional e com experiência em clubes.

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