Em meio à crescente onda de violĂȘncia que se apodera do paĂs, é necessĂĄrio olhar para o impacto causado nas crianças.
Nos Ășltimos tempos, são muitas as notĂcias envolvendo episódios de violĂȘncia no ambiente escolar que acabam comprometendo o rendimento dos alunos e provocando uma sensação de insegurança.
HĂĄ relatos de diversos tipos de violĂȘncia que ocorrem no interior da escola como bullying, agressões fĂsicas e verbais, furtos e roubos, conflitos entre professores e alunos que geram constrangimentos e mal-estar com consequĂȘncias no processo de ensino-aprendizagem.
E ainda, hĂĄ a violĂȘncia extra escola que adentra o ambiente escolar frequentemente: arrastões, desavenças entre facções rivais, tiroteios, mortes e balas perdidas provocadas pelo fenômeno da violĂȘncia urbana que atinge a sociedade atravessando os muros da escola, causando uma sensação de pânico e medo na comunidade escolar.
Assim a sociedade segue, coexistindo inseguros dentro da escola e fora dela.
Ambientes com frequentes episódios de violĂȘncia, seja em casa, na rua ou na escola pode levar as crianças a entenderem a violĂȘncia como uma forma normal de resolver conflitos, um impacto que pode gerar danos psicossociais devastadores.
Assim a escola pode se tornar reprodutora da violĂȘncia social na medida em que problemas do mundo externo interferem no ambiente escolar, ocorrendo: aumento de incidĂȘncia de registros de violĂȘncia, indisciplina e desrespeito ao professor e entre os colegas, colocando em xeque o trabalho pedagógico desenvolvido. E as consequĂȘncias são: evasão escolar, profissionais da escola em licença médica por transtornos psicológicos, gerados por exposição a situações de estresse e medo, e os pais preocupados com a segurança de seus filhos no ambiente escolar.
Pela Constituição de 1988,segurança pĂșblica é um direito fundamentale condição essencial para o exercĂcio pleno da cidadania, com liberdade, equidade racial e de gĂȘnero; paz e valorização da vida e do meio ambiente. E é um dever do estado.
Precisamos de ações mais efetivas de proteção às crianças e jovens, polĂticas eficientes de educação e segurança, pois suas vidas não estão seguras em um dos lugares mais importantes, onde elas passarão parte da vida. Dessa forma, é urgente que sejam implementadas polĂticas pĂșblicas, que reduzam a violĂȘncia nas escolas, aperfeiçoem o nĂvel de ensino e, consequentemente, elevem o nĂvel de capital humano, tão importante no processo de desenvolvimento econômico de qualquer paĂs.
As forças de segurançacolaboram nas escolas na mediação de conflitos e na justiça restaurativa, na promoção de projetos e ações de prevenção situacional (rondas e visitas) e de prevenção social das violĂȘncias a partir de fatores de risco (como drogas, armas, comportamentos e situações-problema).
No entanto, é preciso da ação de todas as forças do bem atuando na polĂtica social, a saber: a educação, o emprego, a segurança, polĂtica de distribuição de renda e a promoção à saĂșde, combinados para o bem comum, ampliando o alcance de polĂticas socioeducativa mais inclusivas e promovendo ações para tornar a educação escolar mais eficiente, atraente e segura para alunos, profissionais da educação, pais e comunidade.