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Educação: insegurança e violĂȘncia nas escolas

Por Midia NAS em 24/09/2022 às 19:56:25

Em meio à crescente onda de violĂȘncia que se apodera do paĂ­s, é necessĂĄrio olhar para o impacto causado nas crianças.

Nos Ășltimos tempos, são muitas as notĂ­cias envolvendo episódios de violĂȘncia no ambiente escolar que acabam comprometendo o rendimento dos alunos e provocando uma sensação de insegurança.

HĂĄ relatos de diversos tipos de violĂȘncia que ocorrem no interior da escola como bullying, agressões fĂ­sicas e verbais, furtos e roubos, conflitos entre professores e alunos que geram constrangimentos e mal-estar com consequĂȘncias no processo de ensino-aprendizagem.

E ainda, hĂĄ a violĂȘncia extra escola que adentra o ambiente escolar frequentemente: arrastões, desavenças entre facções rivais, tiroteios, mortes e balas perdidas provocadas pelo fenômeno da violĂȘncia urbana que atinge a sociedade atravessando os muros da escola, causando uma sensação de pânico e medo na comunidade escolar.

Assim a sociedade segue, coexistindo inseguros dentro da escola e fora dela.

Ambientes com frequentes episódios de violĂȘncia, seja em casa, na rua ou na escola pode levar as crianças a entenderem a violĂȘncia como uma forma normal de resolver conflitos, um impacto que pode gerar danos psicossociais devastadores.

Assim a escola pode se tornar reprodutora da violĂȘncia social na medida em que problemas do mundo externo interferem no ambiente escolar, ocorrendo: aumento de incidĂȘncia de registros de violĂȘncia, indisciplina e desrespeito ao professor e entre os colegas, colocando em xeque o trabalho pedagógico desenvolvido. E as consequĂȘncias são: evasão escolar, profissionais da escola em licença médica por transtornos psicológicos, gerados por exposição a situações de estresse e medo, e os pais preocupados com a segurança de seus filhos no ambiente escolar.

Pela Constituição de 1988,segurança pĂșblica é um direito fundamentale condição essencial para o exercĂ­cio pleno da cidadania, com liberdade, equidade racial e de gĂȘnero; paz e valorização da vida e do meio ambiente. E é um dever do estado.

Precisamos de ações mais efetivas de proteção às crianças e jovens, polĂ­ticas eficientes de educação e segurança, pois suas vidas não estão seguras em um dos lugares mais importantes, onde elas passarão parte da vida. Dessa forma, é urgente que sejam implementadas polĂ­ticas pĂșblicas, que reduzam a violĂȘncia nas escolas, aperfeiçoem o nĂ­vel de ensino e, consequentemente, elevem o nĂ­vel de capital humano, tão importante no processo de desenvolvimento econômico de qualquer paĂ­s.

As forças de segurançacolaboram nas escolas na mediação de conflitos e na justiça restaurativa, na promoção de projetos e ações de prevenção situacional (rondas e visitas) e de prevenção social das violĂȘncias a partir de fatores de risco (como drogas, armas, comportamentos e situações-problema).

No entanto, é preciso da ação de todas as forças do bem atuando na polĂ­tica social, a saber: a educação, o emprego, a segurança, polĂ­tica de distribuição de renda e a promoção à saĂșde, combinados para o bem comum, ampliando o alcance de polĂ­ticas socioeducativa mais inclusivas e promovendo ações para tornar a educação escolar mais eficiente, atraente e segura para alunos, profissionais da educação, pais e comunidade.

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