Um ataque com drone em uma base aérea na Rússia deixou ao menos três pessoas mortas nesta segunda-feira, 26, informaram as autoridades russas, que também denunciaram incursões de “sabotadores” ucranianos e afirmou ter derrubado um drone perto de uma base aérea russa a centenas de quilômetros do “front”, na segunda operação desse tipo em um mês. “Como resultado da queda dos destroços do drone, três oficiais técnicos russos que estavam na base aérea sofreram ferimentos fatais”, informou o ministério da Defesa, citado pela agência TASS. As autoridades ucranianas até agora se abstiveram de fazer qualquer comentário sobre essas alegações. A base aérea já havia sido atacada em 5 de dezembro. As agências de notícia russas também indicaram que a defesa aérea derrubou, na noite de domingo, 25, um drone ucraniano que voava em direção à base aérea de Engels, que abriga bombardeiros estratégicos russos. O serviço de segurança russo (FSB) afirmou que o grupo de “sabotadores” que tentou se infiltrar na região de Bryansk carregava armas e explosivos. Em um vídeo divulgado pela agência de notícias russa Ria-Novosti, aparecem quatro cadáveres ensanguentados, vestidos com uniformes de camuflagem de inverno e com armas à sua volta.
Há dez meses, a Rússia lançou uma ‘operação especial’ na Ucrânia e nos últimos meses tem sofrido uma contra-ofensiva, além de sofrer uma série de ataques a bases militares e a importantes infraestruturas nos últimos meses. Nesta segunda-feira, a Ucrânia pediu a exclusão da Rússia das Nações Unidas. “A Ucrânia pede aos Estados-membros da ONU que privem a Federação Russa de seu status de membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e a excluam da ONU como um todo”, escreveu o chefe da diplomacia do país, Dmytro Kuleba. Contudo, essa exigência não tem chances de sucesso, já que Moscou tem direito de veto no Conselho de Segurança, do qual é membro permanente. As autoridades russas responsabilizam os ucranianos pelos ataques em seu território, porém, a Ucrânia nunca confirmou sua responsabilidade pela explosão, mas o presidente russo, Vladimir Putin, multiplicou desde então os bombardeios contra infraestruturas de energia ucranianas, deixando milhões de ucranianos sem eletricidade ou aquecimento em pleno do inverno.