Sem avançar na negociação salarial, trabalhadores do Hospital Universitário de Campo Grande entraram em greve na manhã desta segunda-feira (26) e passarão a atender com equipe reduzida. Até que haja uma definição sobre o aumento, parte dos servidores ainda fará acampamento em frente à unidade.
Com a paralisação, o atendimento será feito por apenas 60% do efetivo dos trabalhadores da área assistência e médica e 50% dos servidores do setor administrativo. "O que for essencial e inadiável será mantido por compromisso à população", explica Wesley Cássio Goully, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal de Mato Grosso do Sul.
Segundo ele, desde 2019, os profissionais não têm reajuste no salário. Alegando necessidade de cortar gastos, a Ebserh, que administra os hospitais universitários em todo o País, chegou a propor pagamento fixo do adicional de insalubridade dos trabalhadores, o que reduziria o ganho de alguns em até 27%.
"Para a gente tudo isso é revoltante depois de todo o serviço prestado na pandemia, quando nos dedicamos a salvar vidas. Agora, o Governo Federal nos trata dessa maneira", finaliza.
Em Dourados, trabalhadores do Hospital Universitário optaram por manter o efetivo, porém, sob alerta de greve.