O rapaz de 24 anos ferido a tiros por um policial militar na madrugada de 11 de setembro, quando comemorava o aniversário em uma casa noturna de Campo Grande, segue internado na Santa Casa. Ele teve melhora e saiu do coma.
Conforme as informações do hospital, o rapaz está consciente, respirando sem ajuda de aparelhos e internado na enfermaria. Até a última semana, o estado de saúde ainda era considerado grave.
PM confessou autoria dos tiros
O policial militar responsável pelos disparos que atingiram o rapaz de 24 anos na frente de uma casa noturna, na Avenida Ernesto Geisel, se apresentou à Polícia Civil. Ele alegou que agiu em legítima defesa na madrugada daquele domingo (11), quando ao menos 7 disparos foram feitos contra a Hilux da vítima.
De acordo com a informação repassada pelo delegado Giulano Biacio, titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil, responsável pelas investigações, o rapaz de 24 anos foi preso em flagrante pelo porte ilegal de arma de fogo, por conta do revólver encontrado na Hilux. Ainda foi registrado fato de tentativa de homicídio contra ele, mas o autor ainda não tinha sido identificado.
Testemunhas foram ouvidas e também foram analisadas imagens das câmeras de segurança da região, que apontam ainda uma segunda pessoa que teria atirado contra a Hilux da vítima. Cinco dias após o crime, no dia 16, o policial militar se apresentou na delegacia acompanhado de advogado e disse que estava na tabacaria como cliente. Ao deixar o local, teria encontrado o rapaz com a arma em punho.
Esta pessoa estaria apontando a arma para o aniversariante. O PM alega que desarmou esse suspeito, quando o rapaz de 24 anos teria pegado a arma, que caiu no chão, e feito disparos contra o policial. O PM afirma que então atirou para se defender. A informação inicial da polícia é de que 7 disparos foram identificados na Hilux da vítima.
Ainda de acordo com o militar, ele teria se apresentado ao superior hierárquico no dia seguinte aos fatos, quando apresentou a arma usada. A princípio, foi instaurado procedimento administrativo para apurar os fatos. É aguardado resultado de perícia para identificar uma segunda pessoa envolvida no caso, que teria atirado contra a Hilux.