“Lideranças que deveriam unir a nação, deixaram com que o silêncio, ou o protagonismo inoportuno, criasse um clima de caos e deixaram que as Forças Armadas pagassem a conta, para alguns por inação e outros por fomentar um pretenso golpe”, diz Hamilton Mourão em pronunciamento. pic.twitter.com/2cACl8335s
— Metrópoles (@Metropoles) December 31, 2022
O discurso foi interpretado por conservadores que insistem em um golpe militar como uma crítica velada a Jair Bolsonaro (PL). Segundo eles, o pronunciamento ainda simbolizou uma “desistência”, já que Mourão chegou a chamar a alternância de poder de “saudável”. Em reação à fala, os bolsonaristas que acompanharam a fala saíram do ponto de concentração no QG e foram em bando para casas de generais, naquela área militar.
A tropa de choque do Exército precisou ser acionada. Em vídeos compartilhados nas redes, manifestantes se dividiram entre quem apoiava e quem hostilizava membros das Forças Armadas no local. Veja imagens:
Em outra gravação, os bolsonaristas reclamam da atuação dos militares. “Nós não somos ladrões, não!”, disse uma mulher. O grupo ainda provoca os homens do quartel gritando em coro “atira”. Um outro bolsonarista ainda diz que os militares estão fazendo “serviço de bandido”.
Ao Metrópoles a Polícia Militar do DF falou que não foi acionada para a ocorrência. O Exército não se pronunciou até o fechamento desta reportagem.
Mais cedo, a manifestação bolsonarista em frente ao Quartel-General do Exército de Brasília tomou ares de clima de guerra. O bando chegou a partir para a agressão física contra um homem apontado por eles como “infiltrado”.
Apoiadores de Jair Bolsonaro ostentavam pedaços de paus, bandeiras com mastros de ferro e punhos cerrados enquanto andavam pela área do QG. No carro de som, discursos de violência. “Se ele [Lula] tentar subir a rampa, eu mato ele! Ele e o "Xandão"”, disse uma mulher ao microfone.
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