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Afastados após operação da PolĂ­cia Civil, vereadores de Maracaju reassumem nesta semana

Catito obteve liminar e conseguiu voltar ao cargo dias antes de terminar o perĂ­odo de afastamento

Por Midia NAS em 04/01/2023 às 02:44:35
Catito (de boné) foi à Câmara, acompanhado do advogado. | Foto: Hosana de Lourdes/Tudo do MS

Catito (de boné) foi à Câmara, acompanhado do advogado. | Foto: Hosana de Lourdes/Tudo do MS

O vereador Ilson Portela, o Catito (PSDB), reassumiu o cargo na Câmara Municipal de Maracaju nesta terça-feira (3) após o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) conceder que suspendeu o afastamento de 30 dias. Os outros sete parlamentares vão retornar na sexta-feira (6).

Em dezembro de 2022, o Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), da PolĂ­cia Civil, deflagrou a terceira fase da Operação Dark Money. Foi identificado pagamento de propina a vereadores durante os meses de dezembro de 2019 e novembro de 2020.

O presidente em exercĂ­cio da Câmara, Gustavo Duó (PP), confirmou que Catito jĂĄ voltou à Casa e que o presidente Robert Ziemann (PSDB); o segundo vice-presidente Jeferson Lopes (Patriota); o primeiro secretĂĄrio da Mesa Diretora Antônio João Marçal de Souza, o NenĂȘ da Vista Alegre (MDB); Ilson Portela, o Catito (PSDB); Laudo Sorrilha (PSDB); Ludimar Portela, o Nego do Povo (MDB); João Gomes Rocha, o Joãozinho Rocha (MDB); e Hélio Albarello (MDB) retornam na sexta, quando termina o perĂ­odo de afastamento.

Operação Dark Money

Segundo o Dracco, as propinas eram pagas por ordem do então prefeito MaurĂ­lio Azambuja (MDB) que, com o aval de outros servidores, tinha como objetivo afrouxar a das contas da prefeitura pela Câmara, além de aprovar projetos e leis de seu interesse.

O pagamento de propina tinha como objetivo impedir o funcionamento adequado do Legislativo, jĂĄ que é de responsabilidade dos vereadores a fiscalização do Executivo. A 3ÂȘ fase foi nomeada como "mensalinho"" em referĂȘncia ao esquema do mensalão, que era operado em nĂ­vel federal.

As investigações do Dracco apontaram que 11 dos 13 vereadores que integravam a Câmara no perĂ­odo teriam recebido pagamentos indevidos oriundos dos desvios feitos na prefeitura.

Dos 11 vereadores investigados, oito ainda estão em atividade. Os valores recebidos por cada vereador dependiam de sua influĂȘncia e capacidade de interferir na fiscalização. Em um ano, foram identificados pagamentos para os 11 vereadores que chegavam a R$ 1.374.000,00. Os pagamentos eram feitos em cheques, nomes de laranjas ou até mesmo em espécie, para dificultar o rastro do dinheiro

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