Durante a cerimônia de posse da nova ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, na segunda-feira (2), a sanitarista destacou o lastro de sua formação científica e a atuação à frente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) como fundamental para o novo momento e pelos aprendizados adquiridos durante a pandemia de Covid-19.
“Tive um grande aprendizado, a partir de 2017, como presidente da instituição, tendo que enfrentar dificuldades inúmeras ligadas ao contexto político, especialmente, pós impeachment da presidente Dilma e também com os grandes desafios postos pela pandemia de covid-19, uma emergência sanitária ainda não superada no Brasil e no mundo. Esse aprendizado é uma das bases que ampliarei como ministra de estado”, destacou Nísia.
Para a ministra, a atuação dos movimentos sociais e autoridades religiosas é um diferencial importante para a promoção da saúde e garantiu que não há conflito nessa parceria. “O governo que se encerrou, nos trouxe um período de obscurantismo, mas nós trabalharemos de outra forma as relações religião e ciência, a religião e a sociedade. Penso que as lideranças religiosas terão um grande papel na transformação da nossa sociedade numa perspectiva emancipatória e democrática. Muitas dessas, vem sendo fundamentais na defesa da ciência, da vacinação, do cuidado com a nossa população”.
A gestora fez questão de frisar que o negacionismo científico e da realidade não serão propagados em sua gestão. “A pandemia de covid-19 pode ser vista como uma fábula. A pandemia de covid-19 mostrou nossa vulnerabilidade, o rei está nu. Precisamos afirmar sem nenhuma tergiversação e superar essa condição”, asseverou.