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Atos "fortalecem" Fazenda, e salário mínimo deve ficar em R$ 1.302, sem reajuste

Segundo fontes do Palácio do Planalto, a ideia é que antes dessa decisão, Lula chame as centrais sindicais para uma reuniã

Por Midia NAS em 10/01/2023 às 15:47:46

Os atos criminosos de domingo ajudaram o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a fazer prevalecer sua tese de reajuste do salário mínimo no valor de R$ 1.302 para todo o ano. Sem, portanto, um novo aumento para R$ 1.320 em maio como defendia o ministro do Trabalho, Luiz Marinho e a ala mais política do governo.

A ideia é que os atos criminosos acabaram empoderando o governo politicamente e o cacifando para tomar medidas impopulares em nome da responsabilidade fiscal.

Segundo fontes do Palácio do Planalto relataram à CNN, a ideia é que antes dessa decisão, Lula chame as centrais sindicais para uma reunião ampliada na qual explique a decisão.

Nesse sentido, um anúncio coletivo de Haddad e Marinho de um aumento escalonado agora de R$ 1.302 e de R$ 1.320 em maio acabou suspenso.

A ala política defendia que ambos fizessem o anúncio nesta segunda-feira. Diante dos atos criminosos, o novo plano acabou sendo para esta quarta-feira (11).

Mas, nas reuniões da equipe econômica nesta terça-feira (10) e de seus integrantes com membros do Palácio do Planalto, a tese de Haddad acabou prevalecendo de um mínimo para todo ano em R$ 1.302, e o anúncio oficial deve ser feito mesmo na semana que vem, após a reunião de Lula com as centrais que ainda não está marcada.

O ministro da Fazenda planeja participar do anúncio, mas ele embarca para o Fórum Econômico Mundial neste domingo e só retorna na quinta-feira da semana que vem.

Interlocutores de Haddad consideram o movimento uma vitória política, a primeira no cargo desde a posse.

Antes, ele havia defendido o fim da prorrogação dos benefícios fiscais para combustíveis, mas teve que ceder depois que a ala política considerou que o impacto na popularidade poderia prejudicar a largada do governo.

O mínimo de R$ 1.302 é o que foi definido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O valor embute um reajuste de 7,4%. Lula havia prometido, na campanha, um aumento maior.

Técnicos do governo defenderam R$ 1.320, o que implicaria num gasto extra de R$ 7,2 bilhões ao governo.


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