“A resposta foi extremamente rápida e já foi feita a intervenção na segurança pública do Distrito Federal. Há poucos casos de acampamentos. Os que existiam foram desmobilizados. Acho que a democracia sai fortalecida desse episódio”, disse Alckmin ao destacar, também, que o ocorrido acabou por unir os Três Poderes e as unidades federativas na defesa da democracia.
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O vice-presidente disse que a resposta aos atos antidemocráticos será de punição não apenas a quem os praticou, mas aos responsáveis por seu financiamento. Na avaliação dele, por terem aspecto “transitório e passageiro” esses atos não prejudicarão a economia do país.
“Isso é transitório. Os Estados Unidos tiveram a invasão do Capitólio, mas isso não mudou a economia americana. Economia é competitividade. Temos de trabalhar, porque temos muitas oportunidades. Uma delas, que chama muita atenção, é a questão da economia verde, no combate às mudanças climáticas”, disse.
“O Brasil vai mudar sua imagem no mundo, de devastador e desmatador da Amazônia para país onde a questão das mudanças climáticas, a transição energética e o compromisso com a descarbonização são centrais. Isso vai atrair muito investimento para o Brasil, porque, se antigamente a questão [para empresas investidoras] era onde produzo bem e mais barato, agora ela é onde produzo bem, mais barato e com compensação de emissão de carbono. As oportunidades são extraordinárias para o Brasil receber mais investimentos”, disse.
Alckmin, no entanto, ressaltou que, para deixar claro o compromisso com a democracia e, consequentemente, para a economia, “a experiência mostra que o que não pode ter é impunidade”.
“O que foi feito no STF [Supremo Tribunal Federal] é inacreditável. Um verdadeiro absurdo. Uma coisa é discordar ou divergir. Outra coisa é querer dar golpe, e isso é crime”, disse.
Perguntado sobre as adequações orçamentárias a serem adotadas para viabilizar o aumento do salário mínimo de R$ 1.302 para R$ 1.320, Alckmin se limitou a responder que “o salário mínimo está a caminho”.
Apex
Sobre o encontro que teve na Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Alckimin disse que faz parte das prioridades do governo Lula conquistar novos mercados, estimular micro e pequenas empresas, favorecer o desenvolvimento de produtos com valor agregado e inovação.
Alckmin destacou que tratados comuns como os voltados à União Europeia e à América Latina receberão atenção especial e que pretende acompanhar de perto o caso da Argentina, para onde as exportações brasileiras registraram queda de 40%
O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, disse que essa queda nas exportações para o país vizinho foi em consequência da falta de “diplomacia empresarial” do país, algo que, segundo ele, foi observado de forma bastante intensa nos últimos quatro anos.
Viana acrescentou que, para fazer “uma virada” nas relações comerciais com o exterior, o Brasil precisará dos agentes federados, e que este será um dos focos da agência. “Vamos ouvir, acertar e fazer ações conjuntas para identificar, em cada estado, dois ou três produtos que têm potencial para ganhar força”, disse ele ao afirmar que tudo envolverá crédito a ser obtido com bancos públicos.
Matéria atualizada às 15h38 para acréscimo de declarações do vice-presidente Geraldo Alckimin sobre encontro com a ApexBrasil.