Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Banco Central (BC)

BC cita cenário global e alta das commodities entre as justificativas para inflação acima da meta


O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) —que mede a inflação oficial do país–, apresentou alta de 5,79% em 2022, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (10).

As questões climáticas também estavam nas justificativas, ressaltando os resultados dos choques em preços de alimentação.

O ano de 2022 também foi marcado pela maior flexibilização do isolamento da pandemia, causada pela queda dos casos de Covid-19. Esse fato, possibilitou a retomada na demanda de serviços e no emprego e, consequente, o aumento da mobilidade.

Por outro lado, o documento pontua vários fatores que agiram no sentido contrário, reduzindo o desvio da inflação em relação à meta:

“Nesse sentido, ressalta-se o papel do aperto da política monetária para a contenção da inflação. A política monetária, que, em 2021 já havia passado do estímulo extraordinariamente elevado para o território contracionista, avançou substancialmente no terreno contracionista em 2022”.

Campos Neto disse que as projeções do BC atualizadas em dezembro são de que o índice seguirá em queda em 2023, terminando o ano em 5%, nível inferior ao do ano passado.

“Nesse cenário, em 2023, a inflação ainda se mantém superior à meta, em virtude principalmente da hipótese do retorno da tributação federal sobre combustíveis nesse ano e dos efeitos inerciais da inflação de 2022”, disse.

Apesar disso, ele afirmou que o cenário é de convergência da inflação para as metas, com as projeções do IPCA em 3% em 2024 e 2,8% em 2025, ambos com meta de 3%.

Esta é a sétima vez no Brasil que um presidente do BC apresenta carta ao ministro da Fazenda (ou da Economia), que preside o Conselho Monetário Nacional, para justificar o descumprimento da meta de inflação do ano anterior.

As explicações já foram dadas nas aberturas de 2002, 2003, 2004, 2016, 2018 e 2021. Na mais recente, Campos Neto havia afirmado que estava tomado as devidas providências para que o IPCA atingisse as metas nos anos seguintes.

A regra determina que o presidente do BC divulgue a carta sempre que a inflação encerrar o ano fora dos intervalos de tolerância para o IPCA.

No regime de metas para a inflação, em vigor desde 1999, o Conselho Monetário Nacional (CMN) define um alvo para o IPCA de cada ano, além de um intervalo de tolerância.

Em 2023, de acordo com o boletim Focus divulgado pelo BC, o mercado espera que a inflação ao consumidor medida pelo IPCA fique em 5,36%, distante do centro da meta, de 3,25%, e acima do teto de 4,75% estabelecido para o intervalo de tolerância.

*Com Reuters

Este conteúdo foi originalmente publicado em BC cita cenário global e alta das commodities entre as justificativas para inflação acima da meta no site CNN Brasil.

Business Banco Central (BC) Covid-19 CVM (Comissão De Valores Mobiliários) Fernando Haddad Inflação Ministério Da Fazenda Pandemia

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!