O desfecho da crise da Americanas parece estar muito longe de acontecer, à medida que mais peças deste quebra-cabeça desencontrado parecem surgir de todos os lados, todos os dias.
Os bancos estão na linha de frente dessa briga, tentando derrubar a liminar que protege a gigante varejista de credores por 30 dias. O BTG Pactual foi o primeiro a tomar uma ação na Justiça e teve seu pedido negado, enquanto outras instituições, expostas ao risco da Americanas, se perguntam qual será, afinal, o tamanho dessa fatura, ainda mais ao considerar a possibilidade de recuperação judicial.
Na última segunda-feira (16), a agência classificadora de risco S&P Global rebaixou a nota da Amerianas para “D”, de “Default” (calote, em inglês), e outras, como a Fitch Ratings e a Moody"s, também devem seguir o mesmo caminho.
Diante das turbulências do dia, as ações da varejista despencaram 38% na segunda, cotadas a R$ 1,94. No pregão anterior ao anúncio sobre os problemas fiscais, na última quarta-feira (11), os papéis da Americanas valiam R$ 12.
Do lado político, o episódio desta terça-feira (17) do CNN Money ainda se debruça sobre a batalha pelo aumento do salário mínimo, que voltou a ganhar espaço com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), na Suíça para o Fórum Econômico Mundial.
As centrais sindicais ressuscitaram o aumento do mínimo a R$ 1.342, que pedem desde o ano passado, ao passo que a ala política do governo quer emplacar ao menos R$ 1.320. O custo fiscal desse aumento varia de R$ 7 bilhões a R$ 17 bilhões, provando uma contradição dos programas sociais do país: o valor é baixo para quem recebe e alto para quem paga.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
*Publicado por Tamara Nassif
Este conteúdo foi originalmente publicado em Crise da Americanas se agrava; reajuste do salário mínimo volta ao debate no site CNN Brasil.