Marina participa do encontro anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, onde foi convidada para integrar três painéis sobre Brasil e Amazônia e tem sido procurada por investidores interessados em colocar dinheiro nos projetos de preservação no país.
Por ora, porém, para além do descongelamento do Fundo Amazônia, não há compromissos novos concretos, e os sinais mais firmes de investimento vêm da filantropia, onde as decisões são mais desimpedidas.
"É claro que a filantropia tem maior agilidade do que quando se trata de cooperação com os governos", afirmou, citando os passos mais numerosos para acordos entre países.
Na quarta-feira (18), Marina deve se reunir com John Kerry, o enviado americano para o clima e o mais próximo que ela tem de um par no governo dos Estados Unidos, em um encontro bilateral, e depois novamente com a participação de representantes de Gana e Reino Unido, quando o tópico deve ser florestas.
A ministra participou nesta terça com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de um painel a respeito do Brasil. Apesar do grande interesse em encontros com os dois, a plateia não lotou e era em grande parte composta por brasileiros.
No debate, os representantes do governo Lula reapresentaram mensagens que vêm defendendo ao longo do evento: a solidez da democracia brasileira após os ataques golpistas do dia 8, o compromisso do país com a proteção ambiental e a agenda econômica, sobretudo relacionada à responsabilidade fiscal.
"Eu acho que o chamado mercado já entendeu o que é o governo Lula, a estabilidade, previsibilidade, um governo com com preocupação social", afirmou Haddad.
Segundo participantes do evento ouvidos pela Folha de S.Paulo, ainda há hesitação quanto os planos econômicos do atual governo, embora a agenda ambiental seja festejada.
Marina acenou com um possível avanço das negociações para o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul –falta de garantias sobre proteção ambiental era um dos entraves colocados pelos europeus-, sem dar detalhes, porém.
A ministra se encontrou com representantes do bloco em Davos, mas as negociações são conduzidas sobretudo pelo Itamaraty.