Recaem sobre ele suspeitas de ser conivente e omisso diante dos atos criminosos promovidos por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia 8 de janeiro, ocasião em que os criminosos depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.
Torres foi exonerado do cargo de secretário de Segurança Pública do DF no dia seguinte, e está preso preventivamente desde o último sábado (14).
De acordo com informações do analista de política da CNN Gustavo Uribe, autoridades das forças de segurança não descartam a realização de uma acareação entre Torres e o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
De acordo com a portaria, assinada na segunda-feira (16) pelo procurador da República no Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima, “os elementos já existentes autorizam desde já a instauração de Inquérito Civil”.
Demais detalhes da investigação seguem sob sigilo, “para resguardar a eficiência das medidas instrutórias determinadas”. O inquérito terá prazo inicial de um ano.
O procurador afirma, no documento, que, “nas decisões do Supremo Tribunal Federal ( ) estão descritas evidências de que autoridades públicas, inclusive militares, dolosamente deixaram de cumprir o seu papel de garantir segurança dos prédios públicos federais nos episódios criminosos do dia 8 de janeiro”.
“Não há a menor possibilidade de delação premiada pelo fato de que não há o que ser delatado”, afirmou. Ele também disse que a defesa não vai se manifestar até ter acesso aos autos da investigação.
Até o início da noite desta terça-feira, o depoimento de Torres ainda não havia sido agendado.
A informação que não pretende fazer delação ocorre em meio a rumores de que Torres poderia promover uma delação ou um depoimento que complicasse o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros integrantes do seu governo.
O tema tem sido tratado entre representantes da iniciativa privada com integrantes do Executivo, Legislativo e Judiciário.
Na semana passada, o assunto foi levado à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, e deve ser abordado nas próximas semanas com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
A ideia é que o fundo de investimento receba recursos da iniciativa privada e de entidades públicas. Os detalhes sobre a criação do mecanismo de financiamento ainda estão em discussão.
Será a primeira reunião ampliada dele com sindicalistas neste governo, ocasião em que a administração pretende anunciar a criação de uma Mesa Nacional para debater questões trabalhistas.
Além do salário mínimo, querem discutir fortalecimento do Ministério do Trabalho, incentivos a negociação coletiva e regulação do trabalho em aplicativos.
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* Publicado por Léo Lopes
Este conteúdo foi originalmente publicado em Depoimento de Torres à PF, investigação de agentes públicos por ataques em Brasília e mais de 18 de janeiro no site CNN Brasil.