A greve dos trabalhadores da enfermagem da Santa Casa de Campo Grande entra no segundo dia nesta quinta-feira (29). Pela manhã, grupo de profissionais voltou a se reunir em frente ao hospital em manifestação para exigir reajuste salarial.
"A greve continua. Não tivemos nenhuma resposta do Poder Público nem do hospital. Hoje teremos um encontro de mediação com o Tribunal Regional do Trabalho e nossa expectativa é que hoje se resolva essa situação", explica presidente do Siems-MS (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem do Estado de MS), Lázaro Santana.
Desde ontem (28), os plantões na Santa Casa contam com apenas 50% dos trabalhadores da enfermagem.
Diretor-presidente do hospital, Heitor Freire explica que o reajuste de cada categoria, que teve maio como a data-base, impacta em R$ 1,8 milhão nas contas da Santa Casa. Somados, os reajustes representariam em acréscimo na folha salarial de mais R$ 9 milhões, valor que o hospital pretende ter subsidiado pela prefeitura de Campo Grande e o Governo do Estado.
O diretor explica que outras categorias "entenderam a situação" enfrentada pelo hospital, em crítica à Enfermagem, que insistiu nas negociações e deflagrou a greve.
Em agosto, após novo impasse entre o hospital e o poder público, o repasse mensal aumentou quase 9%, passando de R$ 23 para R$ 28 milhões.
Segundo a prefeitura de Campo Grande, nas primeiras três semanas deste mês de setembro já foram liberados R$ 31.599.123,57. Deste total, R$ 10.335.575,37 correspondem à parcela de recursos próprios. De janeiro até o dia 16 de setembro, o hospital recebeu R$ 242 milhões do município.