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Com superlotação, Hospital Regional de Campo Grande vira alvo de investigação

Vistoria do CRM constatou ainda falta de medicamentos e pacientes alocados em locais inadequados ou insalubres

Por Midia NAS em 29/09/2022 às 10:30:27

O MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) abriu inquérito civil para apurar irregularidades no Hospital Regional "Rosa Pedrossian", em Campo Grande. O edital foi publicado na edição desta quinta-feira (29) do DiĂĄrio Oficial do órgão.

A investigação é consequĂȘncia de uma vistoria do CRM/MS (Conselho Regional de Medicina) realizada em março. O resultado da fiscalização foi encaminhado ao MP, que abriu uma notícia de fato, modalidade de investigação preliminar.

O relatório do CRM aponta superlotação em alguns setores do hospital; espaço inadequado para atendimento de saúde mental a pacientes pediĂĄtricos e salas de observação com pacientes de ambos os gĂȘneros na urgĂȘncia e emergĂȘncia, sem observar a necessidade de privacidade.

Ainda foi detectada falta de alguns medicamentos; sistema de regulação falho, com pacientes aguardando transferĂȘncia em locais como corredores.

Haveria ainda falta de conforto acústico para pacientes adultos e de conforto térmico e acústico para pacientes pediĂĄtricos. Ou seja, adultos estariam expostos a barulhos persistentes e as crianças enfrentariam além dessa situação, falta de climatização adequada na unidade.

Faltariam na ala pediĂĄtrica e falta de climatização na sala de repouso dos médicos. Além disso, parte desses profissionais não seriam capacitados para atender urgĂȘncias e emergĂȘncias.

Hospital Regional resolve parte de problemas, mas MP cobra solução para todas as falhas

A titular da 32ÂȘ Promotoria de Justiça, Daniella Costa da Silva, intimou a direção do Hospital Regional a se manifestar. Em ofício, o diretor-presidente Leite esclareceu que alguns problemas foram sanados.

O sistema de regulação voltou a observar os critérios do Core (Complexo Regulador Estadual), justificando que a permanĂȘncia de pacientes no Pronto Atendimento foi devido à superlotação.

E quando a unidade passa a atender acima da capacidade, todos os órgãos de regulação e fiscalização são devidamente notificados. Quanto à falta de medicamentos, foi aberto procedimento licitatório para regularizar o estoque. E o setor de pediatria voltou a operar no espaço original.

Com o fim do prazo legal, a notícia de fato foi convertida em inquérito civil. A promotoria deu 15 dias para que o Hospital Regional informe se tomou providĂȘncias quanto aos demais problemas.

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