Com mais de 66 mil diagnósticos positivos em 2022 no Brasil, o câncer de mama é a doença com maior incidência entre as mulheres no mundo. O Sistema Único de Saúde (SUS) conta com a mamografia como sua principal ferramenta de rastreio e diagnóstico imaginológico das lesões mamárias. O BI-RADS, sigla para a expressão que, em inglês, significa Breast Image Reporting and Data System, trata-se de uma classificação que padroniza os relatórios mamográficos, dando mais confiabilidade nos laudos e trazendo mais segurança aos pacientes.
Cientificamente, a métrica também garante a comparação de resultados para futuros estudos clínicos. O BI-RADS prevê categorias de 0 a 6 na descrição dos achados dos exames radiológicos, como nódulos. De acordo com a oncologista clínica Fernanda Cesar Moura, a padronização internacional ajuda na tomada de decisão, pois conforme a gradação, o paciente pode ter como recomendação o rastreamento de rotina, controle em curto prazo, indicação de biópsia ou, até mesmo, o encaminhamento para complementação com outro exame de imagem, além de excisão cirúrgica, quando apropriado.
“Essa sistemática facilitou a comunicação entre o médico radiologista e o especialista. Com a classificação em mãos após o exame de imagem, o médico irá definir se existe a necessidade de realizar outro exame para determinar o diagnóstico”, explica Fernanda. A classificação ajuda a padronizar as condutas médicas.
O Ministério da Saúde recomenda que, na população geral sem fatores de risco, a mamografia seja feita a cada 2 anos, na idade entre 50 e 69 anos. Mulheres que apresentam risco aumentado de câncer de mama, necessitam de um rastreamento especial, orientado pelo médico especialista.
Para saber mais, acesse a cartilha “Câncer de mama: vamos falar sobre isso?” ou o documento “Parâmetros técnicos para detecção precoce do câncer de mama”, ambos do Instituto Nacional de Câncer – INCA/MS.