PMNAS

Julgamento de réus na Omertà por execução de filho de PM acontece em fevereiro

Por Midia NAS em 21/01/2023 às 17:35:26

Juiz prevê que julgamento dure até três dias

Está marcado para o próximo dia 15 de fevereiro o o júri pela morte de Matheus Coutinho Xavier, de 20 anos, estudante de Direito assassinado por engano em abril de 2019, em Campo Grande, no lugar do pai, policial reformado da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul). Três dias é o tempo de duração previsto para o primeiro júri popular, segundo estimativa contida em despacho que contem as regras para o julgamento de três réus, Jamil Name Filho, Marcelio Rios e Vladenilson Olmedo.

Juiz que presidirá as sessões, Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, encaminhou pedido ao Presídio Federal de Mosorró (RN), solicitando que a sala de videoconferência seja reservada por três dias – 15, 16 e 17 de fevereiro. No despacho, o magistrado explica que “referido julgamento é de processo complexo, inclusive com a oitiva de 16 testemunhas, além dos três réus e do tempo de debate entre acusação e defesa, da leitura das peças e da reunião do conselho de sentença para definir se os réus são culpados”.

Está previsto para o dia 15 de fevereiro, às 8h, depoimento de três testemunhas de acusação e às 13h outras duas. Às 15h do mesmo dia, serão ouvidas três testemunhas de Jamil Name Filho. No dia seguinte, às 8h, está marcado o depoimento de três testemunhas de Marcelo Rios e às 13h, mais três pessoas, escaladas pela defesa de Vladenilson. Às 15h, termina a fase de oitiva das testemunhas, com as duas restantes.

No último dia serão os debates, começando pela acusação e depois passando à defesa de Vladenilson Olmedo.

Denúncia

Na denúncia inicial do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) constavam também outros acusados do crime. Entre eles, estão Jamil Name, José Moreira Freires, que morreram durante o andamento do processo, e Juanil Miranda, que nunca foi encontrado.

Este último ainda consta na lista dos mais procurados do MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública). Assim, narra a denúncia que por volta das 18 horas de 9 de abril de 2019, Juanil e Zezinho teriam assassinado Matheus.

O crime aconteceu na Rua Antônio Vendas, no Jardim Bela Vista. Assim, o relato é de que o crime teria ocorrido mediante orientações repassadas por Vlade e Marcelo Rios, a mando de Jamil Name e Jamil Name Filho.

Naquela noite, vários tiros de fuzil AK-47 foram feitos contra Matheus. No entanto, os criminosos acreditavam que dentro da camionete estava o pai do jovem, que seria o verdadeiro alvo dos acusados.

Julgamento de réus na Omertà por execução de filho de PM acontece em fevereiro
Matheus foi assassinado a tiros de fuzil 

Também segundo as investigações, o grupo integrava organização criminosa, com tarefas divididas em núcleos. Então, para o MPMS, Jamil e Jamil Filho constituíam o núcleo de liderança, enquanto Vlade e Marcelo Rios eram homens de confiança, "gerentes" do grupo.

Já Zezinho e Juanil seriam executores, responsáveis pela execução de pessoas a mando das lideranças. Assim, meses depois os acusados acabaram detidos na Operação Omertà, realizada pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros) e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Especial e Combate do Crime Organizado).

Tags:   Justiça
Comunicar erro
Camara Municipal de NAS

Comentários

Publicidade 728x90 2 Camara Vol 2