A indústria têxtil é uma das que mais impactam o meio ambiente. Atrás apenas da petrolífera. Segundo a ONG Internacional Global Fashion, nos últimos anos foram mais de 90 milhões de toneladas de resíduos têxteis descartados. E a estimativa para os próximos oito anos é de que este número aumente, chegando a mais de 140 milhões de toneladas. A baiana Lorrayne Baz é dona de uma startup que dá um novo destino aos resíduos que sobram do setor têxtil. Com os retalhos que seriam descartados, ela cria um novo tecido. A quantidade de lixo descartado é grande. Recentemente, ela lançou uma coleção roupas reutilizando 15 quilos de resíduos. Para Lorrayne, uma das principais relevâncias do projeto é repensar a moda e o descarte do setor. “Eu trabalho muito com, basicamente, com retalhos de tecidos. Eu pego esses detalhes de tecido e transformo. A missão da Liga Transforma é fazer a captação, seleção, com um método único que eu desenvolvi para a Liga. A gente transforma o resíduo, transforma esse retalho de tecido que iria voltar para o meio ambiente. Eu transformo em novos produtos. Um novo tecido reaproveitado. Meu processo é focado no reaproveitamento, então eu não utilizo processos químicos, e também é uma forma de fac,ilitar o processo junto com a minha maior missão, que é a inclusão de comunidades”, explica.
Diante dessa perspectiva a Lorrayne afirma que, em 2023, pretende ampliar o projeto para outros campos. Eu vou ampliar o mix de compradores, e a gente já pega esse tecido para oferecer para arquitetura, para decoração de interiores”. Ela sabe que o trabalho é de formiguinha, mas entende como um exemplo e incentivo o que tem realizado desde 2018. O projeto também abrange a inclusão social oferecendo oficinas para mulheres como forma de fortalecer a autonomia feminina pesquisa mostra
*Com informações da repórter Camila Yunes