Com o resultado, o indicador de inflação acumula alta de 4,42% nos últimos 12 meses. Até a segunda quadrissemana de janeiro, o avanço era de 4,29% na mesma base de comparação.
Cinco das oito categorias que integram o IPC-S tiveram avanço da segunda para a terceira quadrissemana do mês. A maior influência foi do grupo de transportes (0,18% para 0,61%), com destaque para a gasolina (-0,24% para 0,82%).
Também houve acréscimos nos segmentos de educação, leitura e recreação (1,45% para 2,14%), comunicação (0,54% para 0,75%), habitação (0,04% para 0,11%) e despesas diversas (0,17% para 0,26%).
Os itens que registraram o maior peso sobre o resultado final foram cursos formais (3,27% para 4,75%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,53% para 1,38%), condomínio residencial (-0,12% para 0,56%) e conselho e associação de classe (0,53% para 0,73%).
Por outro lado, houve desaceleração nos grupos de vestuário (0,71% para 0,22%), saúde e cuidados pessoais (0,66% para 0,52%) e alimentação (0,68% para 0,63%).
O indicador foi calculado com base nos preços pesquisados entre os dias 23 de dezembro de 2022 e 22 de janeiro de 2023, comparados aos de 23 de novembro a 22 de dezembro.
O IPC-S mede a variação do custo de vida para famílias com renda entre 1 e 33 salários-mínimos mensais.
O indicador integra o sistema de índices de preços ao consumidor do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre-FGV), que também inclui: IPC-3i, IPC-C1, IPC-DI, IPC-10 e IPC-M.
Apesar de a coleta ser semanal, a apuração das taxas de variação leva em conta a média dos preços coletados nas quatro últimas semanas até a data de fechamento. O intervalo entre o fim da coleta e sua divulgação é de um dia.
Segundo a última edição do Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgada na segunda-feira (16/1), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar este ano em 5,48% – a projeção da semana passada era de 5,39%. É a quinta semana consecutiva de alta.
Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,25% – e será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.
Os economistas ouvidos pelo BC também aumentaram a estimativa de inflação para 2024 (de 3,7% para 3,84%) e mantiveram a de 2025 (3,5%).
Em 2022, o Brasil teve inflação acumulada de 5,79%, acima do teto da meta estipulada pelo governo federal pelo segundo ano consecutivo.
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