O reajuste de 7,46% da Petrobras vai pesar no bolso do consumidor de Campo Grande, já que a gasolina deve beirar os R$ 5. Anúncio do aumento aconteceu nesta terça (24) e começa a valer a partir desta quarta-feira (25).
Conforme o Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de MS), o aumento deve impactar entre R$ 0,18 e R$ 0,23 no custo final para o consumidor. O litro vendido para as distribuidoras recebe o reajuste.
Conforme última pesquisa realizada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil), o custo médio da gasolina em Campo Grande era de R$ 4,71. Aplicando o reajuste sobre esse valor, combustível pode chegar a R$ 4,94 na Capital.
No período pesquisado, na semana passada, o valor mais barato por litro de gasolina comum encontrado na capital sul-mato-grossense foi de R$ 4,59. Enquanto o máxima foi de R$ 4,89 - ou seja, em alguns postos, o litro pode passar de R$ 5.
"O reajuste já foi anunciado para iniciar amanhã, mas como o mercado é livre tanto para distribuidora como para os postos, é a concorrência é que vai definir quando e quanto o valor poderá ser observado nas bombas", explica o diretor do Sinpetro, Edson Lazarotto, ao Jornal Midiamax.
Ainda considerando a pesquisa de preços da ANP, a média da gasolina vendida em Mato Grosso do Sul era de R$ 4,94 e, colocando o reajuste sobre ele, esse número deve chegar a R$ 5,17 - indicando que o aumento deve ser maior do interior do Estado.
Nesta terça, a Petrobras anunciou aumento de 7,46% no litro vendido para as distribuidoras após 45 dias com preço inalterado. Com isso, o valor passa de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro, um total de R$ 0,23.
"Esse aumento acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio", considerou a Petrobras.
Queda no preço médio dos combustíveis até a semana passada, alterou a realidade nos postos de combustíveis na linha de fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero.
Com cotação brasileira menor que a do exterior, motoristas passaram a fazer caminho inverso, saindo do lado paraguaio para abastecer no território sul-mato-grossense. No entanto, a realidade não deve durar muito, já que a Petrobras anunciou aumento nas bombas.
Habitualmente, o preço praticado nas bombas paraguaias é mais vantajoso ao bolso, porém, na segunda-feira (23), balanço da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) apontou que a gasolina vendida pela Petrobras até hoje estava 14% menor que no exterior.