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Professor Tiago Botelho fala do seu futuro e dos planos para a prefeitura

Por Midia NAS em 27/01/2023 às 12:07:20

O Dourados Agora entrevistou o Professor e Advogado Tiago Botelho, coordenador do curso de Direito da UFGD. Tiago é uma personalidade conhecida no meio acadêmico e vem sendo destaque também na política, um dos motivos é a expressiva votação que recebeu na candidatura ao Senado, foram mais de 178 mil votos. Ele nunca havia se candidatado para nenhum cargo político.

Na entrevista Tiago falou sobre a indicação que recebeu para compor a equipe de Educação do Governo Federal, mas ressaltou que ainda não sabe se vai aceitar o convite, pois a UFGD e Dourados pesam muito para ele. O professor também afirmou que a candidatura a prefeitura de Dourados está nos seus planos. Confira os detalhes:

Professor Tiago Botelho, como avalia o resultado da sua primeira candidatura ao senado no ano de 2022?

Tivemos uma derrota eleitoral, mas uma gigantesca vitória política. Tereza Cristina, Mandetta e Odilon declararam que gastaram cada uma quase quatro milhões de reais. Nossa campanha foi limpa, honesta e a mais barata. Tivemos pouco recurso, mas de forma honesta apresentamos projetos e alternativas para o Mato Grosso do Sul. O eleitor gostou do que ouviu. Fui a única renovação nas candidaturas ao senado e quase ficamos em segundo lugar na frente de um ex-ministro da Saúde e de um Juiz Federal, ambos populares na política. Mostramos, portanto, que nosso projeto é viável, que viemos para renovar a política de MS. Minha avaliação é positiva. Saio de cabeça erguida e agradecerei, para sempre, os mais de 178 mil eleitores que acreditaram no professor.

Qual o maior desafio que você enfrentou na eleição de senado?

Inúmeros foram os desafios. Primeiro tive que convencer o meu partido que um jovem, professor, filho do interior e novato na política poderia ser candidato ao senado. Depois percorrer os 78 municípios sem recurso e estrutura. Enquanto eu andava de carro com dificuldades, muitas vezes eu mesmo dirigindo, boa parte dos candidatos andavam de avião. Outro desafio foi fazer política do interior, pois como o maior colégio eleitoral está na capital, há um preconceito com candidaturas que partem do interior. Entretanto, com todos os desafios, faria tudo novamente. Nossa campanha foi linda e já estou com saudade.

O senhor está cotado para ir para Brasília no Governo Federal, procede?

Sim, procede. Fui indicado pelo meu partido, pela bancada do PT/MS e pelo Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação para compor o governo, mas ainda não sei, estou analisando e devo anunciar na próxima semana minha decisão. A UFGD e Dourados têm pesado muito para minha escolha.

A candidatura a prefeito de Dourados é real ou apenas um balão de ensaio?

Já provei que balão de ensaio comigo não cola. Muitos tentaram colar a ideia de que a minha candidatura ao senado seria um balão de ensaio e que jamais alguém novo política e do interior poderia sair candidato ao senado. Fomos lá e provamos ser possível. Sou pré-candidato a prefeito de Dourados pelo PT. Isso não quer dizer que não possamos construir uma frente ampla para tirar Dourados do buraco. Vivemos uma administração inerte, apática e sem vida. Ser prefeito para mim é pensar para além do básico. Tapar buraco, trocar lâmpadas, cuidar da saúde e da educação é o básico que, infelizmente, nem isso vem sendo feito. Por onde ando as pessoas falam da gestão Tetila, época em que Dourados e o douradense eram cuidados como merecem. É isso que faremos, vamos cuidar da cidade e de sua gente.

O senhor fala em frente ampla para prefeitura de Dourados, dos nomes postos Lia Nogueira, Barbosinha, Geraldo, Marçal Filho, Zé Teixeira, Laudir Munaretto e Alan Guedes com quem construiria a frente ampla?

Com quem quiser pensar Dourados para além dos buracos e do total descaso que a cidade vive. Nós, pré-candidatos a prefeito, precisamos diminuir as vaidades e pensar mais Dourados por meio de um projeto responsável e sustentável. Dourados é uma grande cidade, mas politicamente pequena, pois a falta de união leva com que tenhamos pouca representatividade na Assembleia e no Congresso Nacional. Lula mostrou que dentro de um projeto democrático é possível unir pessoas de diferentes espectros políticos. Irei conversar com todos os pré-candidatos que preserve valores democráticos e disponibilidade de pensar Dourados para além dos interesses próprios e, assim, construir um projeto amplo que tire a cidade da estagnação e da buraqueira.

Zeca e Vander falaram recentemente na possibilidade em apoiar o Geraldo Resende para prefeito de Dourados. O senhor concorda com eles.

Zeca e Vander são amigos do meu partido. Se for a decisão do PT de Dourados ter candidatura própria eles me apoiarão tenho certeza. Assim como os dois conversaram com o Geraldo, eu também conversei recentemente. Geraldo, com todas as críticas políticas que tenho a ele e ele a mim, nos respeitamos. Gosto de destacar o importante papel que Geraldo Resende fez na pandemia como secretário de saúde lutando por vacina. Na política, para além das críticas, que são importantes, precisamos destacar os pontos positivos. Mas voltando a fala do Zeca e do Vander, para mim, foi nada mais que uma conversa política sem grande impacto e buscando estabelecer pontes, mesmo porque quem define se Dourados terá candidatura própria a prefeito é o diretório local.

Qual Dourados você que construir se for prefeito?

Uma Dourados que valorize sua gente. Que olhe para o agronegócio, mas que cuide dos povos indígenas, quilombolas e agricultura familiar. Que valorize o grande empresário, mas pense nos pequenos. Uma cidade que tenha mais investimento em cultura, educação e saúde. Um município que potencialize o polo universitário, a mobilidade urbana, traga novas empresas, invista na juventude, nas minorias na terceira idade. A Dourados do futuro precisa ser bem diferente da Dourados do presente. Dourados pode ser mais e será mais.

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