A imagem viralizou nos últimos dias e sugeriu que Srdjan demonstrava seu apoio à invasão russa na Ucrânia, entrando em conflito direto com as autoridades do tênis mundial. Desde o início da guerra, as entidades que regem a modalidade repudiaram a ação militar russa e até baniram atletas da Rússia e de Belarus, único país que apoiou a invasão, de torneios.
Nesta sexta, Djokovic afirmou que houve um mal entendido sobre a foto. "Ele estava passando na rua, fez uma foto e isso ganhou repercussão. Ele foi usado por aquelas pessoas naquela situação", argumentou o finalista do Aberto da Austrália. "Não posso ficar irritado ou chateado com ele porque posso dizer que não foi culpa dele. Ele apenas foi celebrar a minha vitória com alguns dos meus fãs."
O sérvio lembrou das experiências da sua família com a guerra nos Bálcãs. "Meu pai, minha família toda e eu passamos por várias guerras durante os anos 90. Somos contra a guerra. Nunca vamos apoiar nenhuma guerra ou atos de violência. Sabemos bem como uma guerra é devastadora para qualquer família em qualquer país."
O número cinco do mundo disse não saber se o seu pai estará na Rod Laver Arena, no domingo, para acompanhar a final, contra o grego Stefanos Tsitsipas. Nesta sexta, Srdjan Djokovic não esteve nas arquibancadas para evitar que a polêmica recente prejudicasse seu filho em quadra.
"Depois que a imagem viralizou, meu pai se sentiu mal e sabia que aquilo iria me afetar, com toda a imprensa me pressionando e tudo o que aconteceu nas últimas 48 horas", afirmou o atleta sérvio.
Srdjan Djokovic é conhecido no circuito profissional de tênis pelas polêmicas que costuma protagonizar. Via de regra, ele se tornou famoso pelas declarações infelizes, como críticas e até provocações aos maiores rivais do filho, caso do suíço Roger Federer e do espanhol Rafael Nadal.
No ano passado, em meio ao processo que acabou causando a deportação do filho na Austrália, Srdjan promoveu manifestações na Sérvia em apoio ao tenista, que tentou jogar a competição sem apresentar comprovante de vacinação contra a covid-19. Na ocasião, virou até motivo de piada por pedir ajuda à rainha da Inglaterra, então líder da Commonwealth, grupo de países da qual a Austrália faz parte.