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Campo Grande

Cozinha experimental para aulas práticas chega a distrito da Capital


"Este é meu último ano na escola, e talvez eu não aproveite tanto a cozinha, mas tenho dois irmãos que estudam aqui e um terceiro que ainda é pequeno, e com certeza também será aluno um dia. Eles e os outros alunos vão usufruir de algo que eu participei. É feito para todos e me deixa muito feliz", afirmou o aluno do 9º ano, Gustavo Francisco Alves, 16 anos, que começou a estudar na escola no ano passado. "Minha família se mudou para Rochedinho na pandemia. E quando tive o primeiro contato com a escola, já gostei".

Alegria define o Gustavo e os outros três alunos que participam do projeto como auditores, todos do 6º ao 9º e indicados pelos professores para representarem os demais estudantes. "Eles ajudaram a organizar, participaram de cada etapa, das reuniões. A escola direcionou o que eles poderiam escolher para melhorar, em uma lista prévia que vem do projeto, com diversos apontamentos desde a entrada, avaliando a infraestrutura, são nove espaços no total e eles foram observando se aquelas áreas atendiam a eles e a escola. Por fim, ficou definida a construção da cozinha experimental, que era algo realmente necessário", explicou a coordenadora pedagógica da escola e monitora do projeto, Sandra Mara Vilela.

Além de avaliar os espaços físicos da escola e ajudar na escolha do que será melhorado, os alunos colocaram "a mão na massa" nas aulas de matemática, para calcular a construção e os materiais. "Eles fizeram as medidas do que seria possível construir em termos de espaço e quantidade de material. É tudo previsto dentro do conteúdo de educação financeira e fiscal. E também as áreas das figuras planas, ficou mais fácil ensinar, pois eles já estavam vendo o local que aquela determinada figura se encaixaria. A obra virou conteúdo e tudo gera interesse dos alunos", disse o professor Thiago Alves.

Controlador Jovem
"Sempre morei em Rochedinho e é muito bom participar de um projeto que é para melhorar ainda mais a escola. E meu pai está ajudando na construção, é muito legal", afirmou a aluna do 7º ano, Bianca Menezes Contrim, 11 anos.

O pai da Bianca é voluntário na obra e comemora poder ver o crescimento da escola. "Eu estudei aqui quando a escola era bem pequena, poucas salas de aula. E ver o quanto cresceu e o quanto é importante para a comunidade é muito bom. A parceria dos pais é fundamental. A gente ajuda porque é importante, é para todos nós", afirmou José Carlos Contrim.

O projeto Controlador Jovem, lançado em maio deste ano, preconiza a participação dos estudantes nas decisões relativas ao ambiente escolar, com avaliação das etapas e o uso racional dos recursos. "Estamos incentivando os alunos a ter pensamento crítico e construtivo, permitindo que eles participem de todas as etapas, tomem decisões. Fomos em cada espaço de avaliação, e eles observavam se o que existe na escola atende as demandas deles. É um processo de aprendizagem que inclui cada um", opinou o professor e coordenador do campo da escola, Regivaldo Ortega.

A ideia do projeto é envolver os estudantes e toda a comunidade escolar em uma experiência pedagógica, que contribuirá para a disseminação de conhecimentos práticos sobre o controle social, voluntariado, consciência ambiental e diversos outros temas que levam a um despertar cidadão. Como parte das ações os estudantes avaliam e identificam situações que necessitam de adequações e/ou aperfeiçoamento na unidade de ensino, e assim, propõem possíveis soluções para a melhoria do ambiente escolar. As cinco propostas vencedoras serão divulgadas em novembro durante a cerimônia de premiação.

Eureca

"O projeto já prevê uso mínimo ou nenhum de recursos, então conseguimos todo o material por meio do projeto Eureca. Foi disponibilizado praticamente tudo que a gente precisou para a obra como piso, telha, madeiramento e cimento. Aí a mão de obra a gente fez a parceria com os pais e também com o pessoal do Proinc de Rochedinho. Começamos a obra em setembro e a previsão é de terminar na primeira quinzena de novembro. É tudo cronometrado", explicou o diretor Franciscley.

O projeto "Escolas Unidas e Revitalizadas com Amor" (Eureca), da Secretaria Municipal de Educação (Semed) realiza serviços de manutenção e revitalização nas unidades escolares da Rede Municipal de Ensino (Reme). Até agora foram 28 intervenções entre unidades revitalizadas (4) e que tiveram manutenção (11) e outras atendidas em parceria com os diretores escolares (13) – como é o caso da unidade escolar do distrito – e a previsão é de concluir outras 28 intervenções até o fim do ano. "Estamos conseguindo atender as demandas mais urgentes, seja com material ou com mão de obra quando necessário. E assim resolvendo situações físicas nas unidades escolares. É um trabalho que terá continuidade, pois é muito necessário e importante", afirmou a secretária Municipal de Educação, Alelis Izabel Gomes.

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