O grupo, com atuação nacional, também lavava dinheiro para facções criminosas. O cumprimento das determinações judiciais ocorre nos seguintes estados: Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná e São Paulo.
Até a mais recente atualização desta reportagem, os policiais haviam apreendido quase R$ 1 milhão em espécie. A ação foi batizada de Hermera – em referência à deusa da luz, que utilizava da beleza para enganar.
A investigação teve início após uma vítima adquirir carro roubado em um site de vendas. Os criminosos falsificavam sinais identificadores dos veículos e vendiam a terceiros de boa-fé. Os encontros eram feitos sempre em locais públicos e, para dar ar de legalidade, o bando usava uma mulher com “boa lábia” para ludibriar as vítimas.
Por meio de investigação, policias da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos II descobriram que, após firmar o negócio, as vítimas depositavam o dinheiro e a quantia, rapidamente era sacada pelos criminosos. Em alguns casos, o intervalo entre a venda e o saque era de apenas 2 horas
A rapidez com que a quadrilha reintegrava o dinheiro ilícito na economia formal, por meio de distribuidoras de bebidas espalhadas pelo país, chamou a atenção da PCDF para a lavagem de dinheiro. O grupo chegou a usar dezenas de contas bancárias de pessoas físicas e de empresas.
Foram identificadas 11 empresas que receberam recursos ilícitos. Além disso, o esquema criminoso contava com dois operadores financeiros, os quais eram responsáveis por administrar toda a trajetória do dinheiro até a mão dos criminosos.
Ao longo de toda a investigação, milhares de transações bancárias foram analisadas. Os valores ultrapassam R$ 1 bilhão. Além das apreensões, foi realizado o bloqueio cautelar de valores nas contas dos investigados.
A ação ocorre em âmbito nacional e teve apoio das Polícias Civis de São Paulo, Espírito Santo, Paraná e Minas Gerais.
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