Autoridades dos EUA temem que Pyongyang use dinheiro roubado de hackers de criptomoedas para financiar seu programa ilícito de armas nucleares e balísticas.
Hackers norte-coreanos roubaram o equivalente a bilhões de dólares nos últimos anos invadindo bolsas de criptomoedas, de acordo com as Nações Unidas.
Além de hackear empresas de criptomoedas, supostos norte-coreanos se fizeram passar por outras nacionalidades para se candidatar a empregos nessas empresas e enviar dinheiro de volta a Pyongyang, alertaram agências americanas publicamente.
Em geral, os protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) foram o principal alvo dos hackers, respondendo por mais de 80% de todas as criptomoedas roubadas no ano, de acordo com o relatório.
Esses protocolos são usados ??para substituir as instituições financeiras tradicionais por software que permite aos usuários realizar transações diretamente uns com os outros por meio do blockchain, o livro-razão digital que sustenta as criptomoedas.
Dos ataques aos sistemas DeFi, 64% foram direcionados a protocolos de ponte entre cadeias, que permitem aos usuários trocar ativos entre diferentes blockchains. Os serviços de ponte normalmente possuem grandes reservas de várias moedas, tornando-os alvos de hackers.
Embora os hacks de criptografia tenham continuado a aumentar no ano passado, há motivos para esperança.
As agências de aplicação da lei e de segurança nacional estão expandindo suas habilidades para combater criminosos digitais, como a recuperação do FBI de US$ 30 milhões em criptomoedas roubadas no hack Axie Infinity.
Esses esforços, combinados com outras agências que combatem as técnicas de lavagem de dinheiro, “significam que esses hacks ficarão mais difíceis e menos frutíferos a cada ano que passa”, de acordo com Chainalysis.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Roubo de criptomoedas atinge valor recorde de US$ 3,8 bilhões em 2022 no site CNN Brasil.