A arte de falar bobagem e usar a mesma desculpinha esfarrapada

Anotei a seguir três casos que viralizaram na internet e, em todos eles, o pedido de desculpas é recheado de frases tipo: “Jamais tive a intenção”; “Quem me conhece sabe…”; “Foi um post infeliz…”

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1) Angela Machado, esposa do presidente do Flamengo Rodolfo Landim, e diretora de responsabilidade social do clube, disse nas redes sociais: “Ganhamos onde se produz, perdemos onde se passa férias. "Bora" trabalhar porque se o gado morrer, o carrapato passa fome”, referindo-se ao fato de Lula ter vencido Jair Bolsonaro na região Nordeste com quase 70% dos votos;

2) Adriana Borba, noiva do lateral-esquerdo Léo Campos, do Botafogo-PB, publicou vídeo nas redes sociais onde debocha do sotaque e costumes da população da Paraíba. Chegou até a falar sobre o jeito de andar das pessoas. "Oxe, minha filha, olhe esse preço desse aqui ó, quê que cê acha?", postou. O vídeo repercutiu mal e a mulher gravou um pedido de desculpas ao lado do jogador dias depois. Quase ninguém aceitou as desculpas;

3) Campeão olímpico pela seleção brasileira masculina de vôlei em 2016, o atleta Wallace, do Sada Cruzeiro, usou suas redes sociais para disseminar a violência contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Bolsonarista da ala mais radical, o jogador publicou uma enquete em seu Instagram perguntando se “alguém daria um tiro de 12 na cara do Lula”. Pouco tempo depois, Wallace excluiu a publicação.

Em tempo: todos os pedidos de desculpas são praticamente iguais.

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