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Os Yanomami têm enfrentado uma crise humanitária que foi acentuada com a ação ilegal do garimpo em terras indígenas.
As Terras Yanomami ocupam uma área de 9,6 milhões de hectares que passam pelos estados de Roraima, Amazonas e chegam a Venezuela.
Nesta semana, a Funai restringiu o acesso de profissionais de saúde na terra Yanomami, em Roraima.
A mudança visa “resguardo e respeito aos povos indígenas durante o enfrentamento da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional”, segundo a Fundação.
Agora, o acesso será definido pelo Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública.
Os servidores públicos em missão à região terão que apresentar esquema vacinal completo, incluindo a vacina contra a Covid-19, atestado de avaliação médica que comprove a não existência de doença infectocontagiosa e teste contra a vírus realizado 24 horas antes.
A Defensoria Pública do Estado do Amazonas alertou que denuncia desde 2021 a situação precária dos povos Yanomami no estado.
Não houve respostas nem ações pelos entes públicos.
Foi solicitada a inclusão dos indígenas no Atendimento Emergencial de Saúde por conta do aumento de casos de subntrição, malária e doenças evitáveis.
Há registos da falta de insumos básicos na rede pública de saúde, como vitamina D. Ainda não há resposta sobre o pedido da Defensoria.
As comunidades de São Gabriel da Cachoeiras, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos são as mais atingidas.
Dados do Hospital de Guarnição de São Gabriel da Cachoeira mostram que 85 das 395 internações de crianças até 5 anos eram da etnia Yanomami.
A Associação Xoromawé Indígena também denunciou a situação de precariedade no Amazonas.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Governo Federal e Roraima criam grupo de trabalho para crise Yanomami no site CNN Brasil.