A magistrada Beth Campbell alegou que o crime era de gravidade mínima para ser enquadrado num caso de agressão comum, não foi premeditado e Kyrgios não tem antecedentes criminais. O caso aconteceu em janeiro de 2021. O tenista empurrou Chiara Passari durante uma discussão enquanto tentava sair do carro, que era de aplicativo.
O atleta empurrou a então namorada, que só apresentou a denúncia dez meses depois, quando o relacionamento já havia acabado. Ela apontou dores no ombro e ferimento no joelho. No julgamento, a juíza descreveu o ato como "estúpido" e motivado por "frustração" e insistiu que sua decisão não foi motivada pela fama do acusado.
"Você é um jovem que é conhecido por acertar a bolinha de tênis de forma particularmente bem-sucedida e o seu nome é bem reconhecido fora desta sala. Mas eu lidei com o seu caso da mesma forma que lidaria com qualquer outro jovem nesta corte", declarou Beth Campbell.
Pelas redes sociais, Kyrgios voltou a lamentar o episódio, pediu desculpas e agradeceu pelo apoio das pessoas mais próximas. "Eu respeito e sou grato pela decisão de hoje de descartar a condenação. Eu não estava em um bom momento quando isso aconteceu. E eu reagi a uma situação difícil de um jeito do qual eu me arrependo profundamente. Eu sei que não foi algo OK e eu, sinceramente, peço desculpas pelo dano que causei", declarou o tenista.
Kyrgios afirmou que vinha enfrentando problemas de saúde mental nos últimos anos, algo que já disse em outros momentos, até mesmo na série da Netflix que acompanhou parte do circuito profissional de tênis na temporada passada e foi lançada recentemente na plataforma.
"Saúde mental é algo duro. A vida pode ser muito pesada. Mas eu me recuperei disso recebendo ajuda e trabalhando em mim mesmo, para me ajudar a me sentir melhor e ser melhor", disse o tenista, pelas redes sociais. O atleta, que não atendeu a imprensa na saída do tribunal, compareceu ao local usando muletas. Ele foi submetido a uma cirurgia no joelho esquerdo recentemente e não pôde disputar o Aberto da Austrália.