A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, desembarcou em Roraima ontem, sábado (4), para acompanhar as ações que tentam conter a crise humanitária que envolve os ianomâmis no estado.
Em coletiva de imprensa, a ministra afirmou que esse movimento de saída espontânea desses grupos é um elemento necessário para que as ações de atendimento aos grupos indígenas afetados pela mineração ilegal sejam efetivas e duradouras.
“Para que a gente consiga sair dessa situação de emergência em saúde, é preciso combater a raiz, que é o garimpo ilegal. Não é possível que 30 mil ianomâmis sigam convivendo com 20 mil garimpeiros dentro do seu território.”
O Governo de Roraima declarou que está acompanhando e mantendo o governo federal informado sobre essa saída voluntária das terras indígenas. A preocupação é que essa saída gere a ocupação de outras áreas de garimpo ilegal conhecidas no estado como a Terra Indígena Raposa Serra do Sol.
“Temos que ter estratégias, que não podemos compartilhar com todos vocês, para que isso não ocorra. Temos que ter vigilância maior em todas as terras indígenas”, disse Lucia Alberta Andrade, diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
*Por R7.com