Adicionar IA generativa – que cria texto ou respostas visuais como um humano – às buscas online permitiria ao Google reter usuários em sua plataforma, fornecendo respostas personalizadas às perguntas dos usuários e protegendo seus negócios com venda de espaço publicitário.
"Ela pode ajudar um padeiro a colaborar com um cliente em um design de um bolo, ou um fabricante de brinquedos a sonhar com uma nova criação", disse o vice-presidente sênior do Google, Prabhakar Raghavan, em evento em Paris.
"À medida que continuamos a trazer tecnologias de IA generativas para nossos produtos, o único limite para a pesquisa será sua imaginação."
O Google revelou na segunda-feira (6) o serviço de chatbot Bard, de olho no risco de que o ChatGPT possa alterar a forma como os usuários buscam informações na internet, o que atingiria seus negócios de venda de publicidade.
O Bard está disponível apenas para alguns "parceiros externos confiáveis", mas o lançamento já enfrentou problemas, pois o próprio anúncio online do Google mostrou o chatbot fornecendo respostas imprecisas.
A OpenAI, com sede em San Francisco, apoiada pela Microsoft, abriu seu chatbot ChatGPT para testes públicos gratuitos em novembro. A ferramenta ganhou popularidade em poucos dias e a Microsoft agora planeja usar a tecnologia para alimentar seu mecanismo de busca Bing.
Os analistas levantaram preocupações de que uma integração com o Bing possa afastar os usuários do mecanismo de busca do Google, que gerou mais de US$ 100 bilhões de dólares em receita no ano passado. O negócio de anúncios é o maior gerador de recursos da Alphabet, respondendo por cerca de 80% da receita anual da empresa.
A Microsoft espera que cada ponto percentual de participação que ganhar traga US$2 bilhões de dólares em receita de publicidade em buscas.
A batalha pela inteligência artificial está esquentando enquanto a União Europeia se prepara para regular a tecnologia por meio de sua própria Lei de IA.
Além das buscas, o Google também apresentou várias melhorias no Maps, visualizações internas, pesquisa e tradução de imagens – todas usando recursos de inteligência artificial de alguma forma.
"A IA também está tornando muito mais natural entender e explorar o mundo real", disse Raghavan.
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