"Vai lá comprar 'Hogwarts: Legacy' vai, finge que não financia transfobia", publicou uma pessoa no Twitter. Outro escreveu que quem adquire o game é trouxa e deveria piratear o título se quiser jogar.
Caco Cardassi, youtuber brasileiro que tem o maior canal do mundo sobre "Harry Potter", o Caldeirão Furado, disse que sofreu ataques por não aderir ao boicote à saga. "Difamaram minha esposa e comentaram que eu estava ensinando transfobia para minha filha. Já juntei nomes e estou entrando com uma ação contra os mesmos", publicou no Twitter.
Há quem discorde e diga que exista formas mais eficazes de se combater a transfobia do que boicotando um jogo.
Em dezembro do ano passado, uma fã da saga escreveu no Twitter que considera danoso o apoio ao novo game. Rowling respondeu à fã. "Pensamento absolutista é incompatível com possuir qualquer coisa conectada a mim", escreveu. "Os virtuosos não queimariam apenas seus livros e filmes, mas a biblioteca local, tudo que tiver coruja estampada ou até seus cachorros."
A Warner Bros. Games afirma em seu site que Rowling não esteve diretamente envolvida na criação do game.
A discussão sobre quão efetivo seria sabotar produtos relacionados à saga ganhou força no ano passado com o lançamento do filme "Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore", um derivado de "Harry Potter".
A autora começou a sofrer duras críticas nas redes sociais depois que declarações suas sobre pessoas trans foram consideradas preconceituosas.
Num artigo, Rowling se declarou preocupada com a chance de mulheres trans abusarem sexualmente de mulheres cisgênero em banheiros, enquanto, no Twitter, divulgou uma loja que comercializa itens com frases como "mulheres trans são homens".
"Hogwarts: Legacy" estará disponível primeiro para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC.