“Eu sei que vou demorar [a morrer], pode ficar certo. Vocês, todo dia quando levantarem e fizerem uma "rezinha" para vocês, não esqueçam do Lulinha. Quando for deitar, que fizer uma "rezinha", não se esqueçam do Lulinha”, disse o presidente.
“Porque eu preciso durar um pouco mais, porque a vida é o dom mais importante que Deus nos deu e nós temos que aproveitá-la da melhor forma possível. E a melhor maneira possível é a gente ter uma causa, uma razão para viver. E qual razão melhor do que contribuir para melhorar a vida do povo brasileiro? Garantir que aqueles índios Yanomamis não morram mais de fome dentro do território nacional?”, ressaltou.
Com a presença de ministros, ministras e nomes importantes no PT – como Zeca Dirceu, Randolfe Rodrigues e Rui Falcão – o evento teve discursos acalorados da presidente do partido, Gleisi Hoffmann, a ex-presidente Dilma Rousseff, e do próprio chefe do Executivo.
Lula iniciou sua participação no evento oficializando uma doação ao PT com a caneta que usou para assinar o termo de posse. “Nós voltamos para governar com democracia, respeito aos mais pobres, e democracia em toda a sua essência”, disse Lula.
O presidente se emocionou em diversas partes de sua fala, e destacou a diferença entre seu primeiro mandato e este, a terceira vez que chega ao poder:
“Nós recebemos um país em 2023 muito pior do que aquele que recebemos em 2003. Muito mais incivilizado à sua máquina pública. Muito mais gente que não tem direito, que entrou nessa máquina pública, e nós vamos precisar de um tempo para fazer um processo de limpeza, e fazer com que aquelas pessoas que pregam o ódio, aquelas que vivem xingando as pessoas na rua, ofendendo na rua, que essas pessoas sejam isoladas da sociedade brasileira, porque a sociedade brasileira não pensa assim, não é assim e não quer isso.”
O mandatário ainda relembrou a época que passou preso, entre 2018 e 2019. Em seu discurso, Lula agradeceu pela vigília que militantes fizeram em frente à prisão e afirmou que, sem esse gesto, “não estaria aqui”.
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O PT completou 43 anos na última sexta-feira (10/2) e promoveu uma série de eventos em comemoração à data. Nesta segunda, além do discurso de Lula, a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, falou sobre as origens do partido e a importância da militância.
“É a energia da nossa militância, da base até a direção nacional, mais experiente e madura, que estamos colocando à disposição do presidente Lula e do projeto de reconstrução e transformação do país”, declarou Gleisi.
Logo depois, a ex-presidente Dilma Rousseff discursou e criticou o “neoliberalismo” que assolou o Brasil nos últimos anos. “Nós temos a grande vantagem de termos sido testados nos últimos anos e termos demonstrado diante de toda adversidade uma extrema capacidade de resistência. Não é possível ter esse conjunto de militância sem que cada um de vocês não tenha resistido em sua base, cidade, município, trabalho, universidade, onde quer que estejamos”, disse.
“Nosso partido tem um desafio: ser capaz de dar sustentação pras nossas mudanças, nossos parlamentares, eles têm uma correlação adversa de forças no parlamento. O nosso Parlamento é conservador, o nosso governo precisa de sustentação no Parlamento, na sociedade.”
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