Reação dos EUA a balão foi "histérica e ridícula", diz diplomata chinês

Um balão de origem chinesa, que o governo norte-americano classificou como um dispositivo espião, passou uma semana nos céus norte-americanos antes de ser abatido na costa do Atlântico no início do mês, por ordens do presidente dos EUA, Joe Biden. O incidente causou uma crise diplomática entre as duas superpotências.

“Há tantos balões em todo o mundo, então os Estados Unidos vão abater todos eles?”, questionou o diplomata.

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Wang Yi é o diretor do Escritório da Comissão de Relações Exteriores do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC), e fez o pronunciamneto durante a Conferência de Segurança de Munique.

Segundo Wang, os EUA foram avisados previamente de que se tratava de um objeto voador civil que desviou de seu curso, indicando que não apresentava nenhum risco à segurança do país. Ele ainda subiu o tom: “Aconselhamos os EUA a não fazer uma coisa ridícula dessas novamente.”

Balão de “vigilância”

No início desta semana, o governo dos EUA recuperou sensores, peças eletrônicas e pedaços da estrutura do balão chinês derrubado no início de fevereiro.

A China insiste que o balão não tem fins militares ou de espionagem. Segundo o país asiático, trata-se de uma simples ferramenta meteorológica. Os EUA, por outro lado, garantem que era um sofisticado veículo espião de alta altitude, que faz parte de um programa global.

Autoridades dos EUA afirmaram ainda que a China realizou voos de vigilância semelhantes em mais de 40 países nos cinco continentes. Além do norte-americano, a Colômbia afirmou ter registrado um objeto semelhante nos céus do país.

O artefato tecnológico levou a uma nova escalada de tensões entre EUA e China, culminando no adiamento de uma visita a Pequim do Secretário de Estado estadunidense, Antony Blinken, que estava marcada para o último fim de semana.

O dispositivo acendeu o alerta nos céus norte-americanos e, no último fim de semana, outros três artefatos voadores foram derrubados — um perto do Alasca, outro sobre o Canadá e um terceiro sobre o Lago Huron. No entanto, o Pentágono ainda não detalhou a função e a origem desses objetos.

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