“Acho absolutamente normal, do mesmo jeito que os ditos patriotas acamparam em frente aos quarteis fazendo agitação política e pedindo ditadura militar e ninguém falou absolutamente nada”, declarou o deputado estadual Zeca do PT ao comentar e justificar o movimento dos trabalhadores sem terra que acampam às margens das rodovias de Mato Grosso do Sul.
O movimento, segundo, ocorre em função de demanda retraída na gestão passada, por falta de aquisição de área para trabalhadores rurais que querem produzir no campo, e pela expectativa criada com o governo de Luís Inácio Lula da Silva.
“O governo Bolsonaro não fez absolutamente nenhuma aquisição de área para efeito de assentamento e a expectativa do governo do Lula cria essa possibilidade ou essa expectativa de que as coisas, imediatamente, vão acontecer. Acho isso errado, primeiro porque o Lula pegou um bagaço, terra arrasada. Não tem dinheiro para aquisição de terra para reforma agrária, possibilidade nenhuma, e as pessoas têm que aguardar o momento oportuno para reivindicar”, avaliou.
Zeca reforçou ser contra a “ocupação de terra por ocupação de terra”, ressaltando a necessidade de paciência para aguardar as ações completas do novo governo para aquisição de terras para assentamento. Ele pontuou que, enquanto novas áreas não saem, está empenhado em garantir melhores condições a quem já tem uma terra para cultivo.
“Acho que a primeira coisa que temos que fazer, e estou empenhado nisso, é buscar condições para que os assentamentos que já existem, aldeias e comunidades quilombolas possam ter uma política para melhorar sua vida, produzir, ter nova expectativa, renda e viver com dignidade”, disse Zeca que é vice-líder do PT na Assembleia Legislativa.