“Um aumento de imposto, apesar de ser inflacionário no curtíssimo prazo, sinalizaria responsabilidade fiscal por parte do governo e, com isso, ajudaria a reduzir um pouco do prêmio de risco embutido nas projeções fiscais nos próximos anos”, diz.
Além disso, o especialista destaca que aumentar a arrecadação, como defende o Ministério da Fazenda, teria um impacto na arrecadação bastante relevante no ano.
A preocupação da ala política do governo, segundo ele, é que um aumento dos impostos sobre combustíveis esteja associado com aqueda na popularidade.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve discutir a desoneração de impostos federais sobre combustíveis nesta segunda-feira (27), em reunião com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). O encontro está previsto para às 18h.
Apesar de os impostos poderem fazer diferença, o economista ressalta que os preços dos combustíveis são muito mais afetados pela variação internacional de itens como o petróleo.
“No ano passado, vimos um movimento forte desses preços para cima. Este ano, vimos uma atenuação, mas com perspectiva de que possa voltar a acelerar, principalmente, mais próximo do meio do ano”, diz.
Veja entrevista completa no vídeo acima.
*Publicado por Ligia Tuon
Este conteúdo foi originalmente publicado em Reoneração de combustíveis abriria espaço para redução de juros, diz economista no site CNN Brasil.