O MST invadiu, na madrugada desta segunda-feira (27) três fazendas de monocultivo de eucalipto da Suzano em Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, no estado da Bahia.
Uma quarta propriedade de nome Fazenda Limoeiro, na cidade de Jacobina também foi ocupada. Segundo o MST, ela está abandonada há 15 anos.
De acordo com o movimento, cerca de 1.700 famílias “reivindicam a desapropriação imediata dos latifúndios para fins de reforma agrária, tendo em vista que estas propriedades atualmente não estão cumprindo sua função social.”
Ainda dizem que o ato “também é uma denúncia contra a monocultura de eucalipto na região, que vem crescendo nas últimas décadas. E o uso de agrotóxicos pela empresa, que prejudica as poucas áreas cultivadas pelas famílias camponesas e o êxodo rural provocado pela monocultura do eucalipto na região.”
E denunciam os problemas de crise hídrica nos municípios devido à produção em grande escala de eucalipto e a pulverização da área.
A Justiça da Bahia determinou, na quarta-feira (1º), que seja feita a reintegração de posse da fazenda de Mucuri. O juiz Renan Souza Moreira ainda prevê uma multa de R$ 5.000 por dia aos membros do MST caso eles ocupem outras áreas vizinhas da fazenda.
Agora, o movimento tem quinze dias úteis para apresentação da resposta da ação.
Foi autorizado ainda o uso de força policial, caso seja necessário, para a reintegração. Cabe ao Governo da Bahia colocar em prática a medida.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, disse à CNN que pediu ao MST que deixe a área ocupada, para que o governo possa intermediar um acordo entre as partes em reunião prevista para a próxima quarta-feira (8).
(*Publicado por Douglas Porto)
Este conteúdo foi originalmente publicado em Acabou a história de que o MST invade terras ociosas, diz agrônomo no site CNN Brasil.