“Ter mais área expositiva é sempre bem-vinda”, diz Jochen Volz, diretor da Pinacoteca. Com a Pinacoteca Contemporânea, apelidada de Pina Contemporânea, a instituição tem agora 9 mil m² para expor seu acervo de cerca de 10 mil itens.
“Nós temos dois edifícios, a Pinacoteca Luz e a Estação Pinacoteca, que são espaços adaptados para serem museus”, lembra Volz. “Aqui, nós tivemos a possibilidade de criar tudo do zero e construir espaços mais amplos e flexíveis para receber as obras e montar exposições.”
Além disso, o diretor destaca as melhores acomodações para receber a biblioteca, o centro de documentação, uma maior reserva técnica para guardar obras do acervo e espaços para atividades do setor educativo.
Quando o trabalho “Irruption” (2007) de Regina Silveira, entrou para o acervo da Pinacoteca, os adesivos de pegadas humanas, que compõem a obra, limitavam-se a cobrir apenas uma estreita coluna do 2º andar da Pina Luz. Silveira criou o trabalho para envelopar a fachada do prédio da Bienal de Taipei em 2008 — seu maior trabalho até então.
Quem visitar a exposição “Chão da Praça”, na Grande Galeria, terá um melhor entendimento da dimensão desse projeto, que agora ocupa as paredes de todo o corredor que dá acesso à sala. O espaço, construído no subsolo do novo prédio, foi planejado para exibir obras de grandes dimensões que a Pinacoteca tinha dificuldade de apresenta nos prédios Luz e Estação.
A sala tem mil metros quadrados, pé direito de cerca de quatro metros, além de boas instalações para exibir vídeos. Um dos trabalhos audiovisuais presentes na mostra é “A banda dos sete” (2010), de Sara Ramo.
A exposição explora todo o potencial do espaço, apresentando cerca de 60 grandes trabalhos (em qualidade e dimensões) do acervo da instituição, raramente exibidos. Outro exemplo é “Ttéia” (2002) de Lygia Pape, que, em Inhotim, há uma versão que ocupa toda uma sala.
Irruption, Regina SilveiraTTéia, Lygia PapeExposição "Chão da Praça"IMG_5981Imagem Colorida Exposição "Quase Coloquial", da artista sul-coreana Haegue YangExposição "Quase Coloquial", da artista sul-coreana Haegue YangTríade trindadePinacoteca ContemporâneaPinacoteca Contemporânea0Qual a beleza de um varal ou de uma persiana de metal usada em escritórios? A artista sul-coreana Haegue Yang, na individual “Quase Coloquial”, liberta esses objetos de seus usos cotidianos para transformá-los em arte. Além de inaugurar a Galeria Praça, essa é a primeira grande individual Yang no Brasil e ela é a primeira sul-coreana a expor na Pinacoteca.
Yang sabe como ocupar bem o espaço — toda a sala está preenchida. No teto, esculturas aéreas, feitas de persianas e luzes tubulares, estão penduradas. No chão, objetos sonoros, compostos de varais de pisos com guizos, chiam ao mínimo movimento, preenchendo, além dos olhos, os ouvidos. Na parede, a artista expõe colagens que misturam ícones da cultura pop, como Hello Kitty, com imagens de artistas brasileiros, a exemplo de Caetano Veloso e Lygia Clark.
O ingresso para entrar na Pinacoteca Contemporânea custa de R$ 5 a R$ 10, mas neste primeiro mês a entrada será gratuita.
Pinacoteca Contemporânea: avenida Tiradentes, 273 — Luz. Sex./seg.: 10h/17h, qua.: 10h/17h, qui.: 10h/20h. Site: pinacoteca.org.br.
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