Na delação, Cabral relatou que o escritório da advogada Roberta Rangel, casada com o ministro Dias Toffoli, teria recebido R$ 4 milhões como pagamentos de favores que o ministro prestaria em decisões relacionadas a dois prefeitos que tinham processos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em um período em que o ministro estava na Corte.
“Eu quero pedir desculpas ao ministro Toffoli. Quero pedir desculpas. Eu fiquei com raiva do Judiciário, eu achei que o mundo inteiro conspirava contra mim, e distorci uma história”, disse Cabral.
Perguntado se teria inventado a história, respondeu: “Não, ela foi completamente distorcida. ( ) Foi tudo distorcido por mim, imbuído por um grupo da Polícia Federal”, disse, sem dar nomes de quem seriam os policiais que supostamente o forçaram.
Sobre Bruno Dantas, Cabral disse que o relato também estava “absolutamente distorcido”. Ele disse que o ministro recebia uma mesada de R$ 100 mil de um esquema capitaneado pelo empresário Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomércio do Rio de Janeiro.
“Eu quero pedir desculpas ao Bruno Dantas. É mentira. Isso foi induzido por aqueles agentes da Polícia Federal que estavam envolvidos na minha colaboração. Isso era um desejo do Ministério Público Federal desde o início. Desde que fui preso eu ouvia essa história, as mensagens chegavam a mim, porque o MPF queria que eu falasse do TCU”, afirmou.
Clique aqui para ler a entrevista completa de Sergio Cabral à coluna.
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