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A Polícia Federal abriu inquérito, na noite desta segunda (6), para investigar a entrada do pacote de joias avaliadas em cerca de R$ 16,5 milhões entregue pela Arábia Saudita. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, pediu a apuração.
Um pacote com joias foi entregue pelas autoridades do país saudita ao ministro de Minas e Energia à época, Bento Albuquerque, que representava o então presidente Jair Bolsonaro em um evento. O item não foi declarado e ficou apreendido no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, pela Receita Federal.
A PF quer saber se houve crime na tentativa de entrar com as joias no Brasil. Segundo Dino, os fatos “podem configurar os crimes de descaminho, peculato e lavagem de dinheiro, entre outros possíveis delitos”.
Bolsonaro negou no sábado (4) suposta ilegalidade quanto às joias trazidas da Arábia Saudita. O ex-presidente disse que, do ponto de vista da legislação, as joias poderiam ser usadas pela então primeira-dama Michelle Bolsonaro.
“Dois, três dias depois a Presidência notificou a alfândega que era para ir para o acervo, até aí tudo bem. Nada de mais. Poderia, no meu entender, a alfândega ter entregue. Iria para o acervo e seria entregue à primeira-dama. O que diz a legislação? Ela poderia usar, não poderia desfazer-se daquilo. Só isso, mais nada. Agora estou sendo crucificado no Brasil por um presente que não recebi”, afirmou o ex-presidente ao SBT.
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