Após receber críticas por chamar de "barbaridade" e condenar a ocupação de terras reivindicadas como território indígena em Rio Brilhante, o deputado estadual Zeca do PT se manifestou nas redes sociais neste domingo (12), afirmando que seu posicionamento está alinhado ao do governo Lula.
"Tanto eu quanto o governo Lula estamos 100% comprometidos com a reforma agrária e a demarcação de terras indígenas. Porém, não será com ocupações ou invasões que vamos contribuir com esse processo", escreveu em um trecho da publicação. Para sustentar a afirmação, ele compartilhou nos stories do Instagram link da matéria "Governo Lula quer mediar conflitos e acelerar reforma agrária, diz ministro", publicada também neste domingo pelo Uol Notícias.
A publicação do site cita declarações do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, dadas ao Estadão. "Protestos fora da lei não terão apoio do governo" e "Quando os movimentos souberem de alguma terra improdutiva, basta indicá-la para o Incra.", disse ele ao jornal. Ainda segundo a matéria, a equipe econômica do governo avalia uma proposta para que devedores da União paguem parte de suas dívidas em terras, sendo que as propriedades poderão ser destinadas à reforma agrária.
De acordo com a Funai, 200 terras indígenas ainda não foram reconhecidas em todo o país. Em outro trecho do post nas redes sociais, o deputado de Mato Grosso do Sul reconhece a demanda acumulada de demarcação de terras indígenas e também da reforma agrária.
"Há uma demanda enorme reprimida por conta dos últimos anos, quando essas duas pautas estiveram esquecidas e abandonadas pelo governo federal. Porém, agora que Lula reassumiu a Presidência, precisamos ter paciência, pois a herança de Bolsonaro foi um orçamento destroçado, que precisa ser recomposto, com responsabilidade fiscal, para que seja possível destinar recursos para aquisição de terras a fim de cumprir com esses compromissos", pontuou.
Questionado sobre a mudança de posicionamento quanto à ocupação de terras no estado, Zeca do PT também relembrou militância e histórico político na publicação deste domingo e afirmou ser "contrassenso pregar ou apoiar violações legais".
"Minha história de militância pelos movimentos sociais – como filiado do PT, deputado estadual, governador, vereador e deputado federal – sempre se pautou por lutar pela aprovação de leis que beneficiassem os trabalhadores sem terra, os povos indígenas, os quilombolas e as famílias mais pobres. Portanto, seria um contrassenso pregar ou apoiar violações ilegais".
o deputado federal de
Aos que me atacam por minha posição em defesa da legalidade, saibam que essa também é a posição do governo Lula
Minha história de militância pelos movimentos sociais - como filiado do PT, deputado estadual, governador, vereador e deputado federal - sempre se pautou por lutar pela aprovação de leis que beneficiassem os trabalhadores sem terra, os povos indígenas, os quilombolas e as famílias mais pobres. Portanto, seria um contrassenso pregar ou apoiar violações legais.
Há uma demanda enorme reprimida por conta dos últimos anos, quando essas duas pautas estiveram esquecidas e abandonadas pelo governo federal. Porém, agora que Lula reassumiu a Presidência, precisamos ter paciência, pois a herança de Bolsonaro foi um orçamento destroçado, que precisa ser recomposto, com responsabilidade fiscal, para que seja possível destinar recursos para aquisição de terras a fim de cumprir com esses compromissos.