Atualmente em cartaz em São Paulo com a peça "A Herança", em que faz par romântico com Bruno Fagundes, outro ator que sentiu por anos a pressão para sair do armário, o galã de novelas da Globo conta não ter certeza do que ocasionou a decisão de expor a vida privada.
Pensa ter tido, enfim, a maturidade necessária para falar sobre o tema. Durante boa parte da vida, diz não ter olhado com generosidade para os próprios desejos. Agora, indica uma sexualidade fluida e livre de amarras.
"A fluidez incomoda as pessoas, porque vivemos num país de pessoas muito reprimidas e, quando se é reprimido, a sexualidade alheia causa frisson. A liberdade do outro mexe com você", afirma. Não foi sem angústia, porém, que o ator encontrou a resolução de seu desejo.
Desde que trocou as passarelas pelos palcos, conviveu com as especulações da mídia sobre sua sexualidade, o que não já não o incomoda tanto como outrora.
"Li na imprensa mais fofocas mentirosas do que verdadeiras sobre a minha vida privada", ele conta. "Eu me incomodava muito, chegava a ter sensações físicas, sentia calafrios e um peso na nuca, como se algo estivesse me oprimindo."
Segundo Gianecchini, a liberdade é também regra para a vida profissional. Com o fim de seu contrato com a Globo em 2020, ele busca novos formatos e tipos de personagens.
"Passei 22 anos fazendo novelas, trabalhando o ano todo que nem um louco. Nunca me chamaram para fazer uma série. Quero possibilidades novas."