Neste ano, Palmeiras, Ituano, Água Santa e Red Bull Bragantino disputarão vaga na decisão do Paulistão. Corinthians e São Paulo caíram nas quartas e nos pênaltis contra os rivais de Itu e Diadema, respectivamente. Já o Santos não se garantiu nem na fase de grupos. Dos quatro grandes de São Paulo, o time da Vila teve a pior campanha.
Em 1985, o São Paulo foi o único dos considerados grandes a chegar às semifinais do Estadual. No entanto, não estava sozinho como representante da capital, tendo a Portuguesa como desafiante. À época, a Lusa tinha uma equipe competitiva, capaz de rivalizar com os poderosos Palmeiras, Corinthians e Santos.
O São Paulo tinha também uma equipe muito forte, que despontava sob o comando do técnico Cilinho. Apelidado de "Menudos do Morumbi", o time tricolor marcou época com os jovens Müller, Sidney e Silas, além dos experientes Careca, Pita e Paulo Roberto Falcão. "Menudos" foi um grupo musical de Porto Rico com cinco garotos que cantavam e dançavam. Ricky Martin foi o mais bem sucedido deles. Foi uma febre no Brasil na década de 1980.
O TORNEIO
Na primeira fase do Paulistão de 1985, 20 equipes se enfrentaram em turno e returno. Atualmente, o Estadual tem 16 times participantes. Os campeões de cada um dos turnos teriam a companhia das outras duas melhores campanhas na semifinal. A Portuguesa venceu o primeiro turno, deixando São Paulo (2º) e Corinthians (3º) para trás. O Santos terminou em 6º lugar, enquanto o Palmeiras foi apenas o 12º.
No segundo turno da competição, o São Paulo deu o troco na Lusa e ficou com a primeira posição, deixando a equipe rubro-verde como vice-líder. O Palmeiras se recuperou parcialmente e finalizou a etapa em 5º. O Santos foi 8º, e o Corinthians, 14º.
Guarani e Ferroviária totalizaram a terceira e quarta melhores campanhas somando os pontos dos dois turnos. Assim, ficaram definidas as semifinais daquela edição: Portuguesa x Ferroviária e São Paulo x Guarani.
SEMIFINAIS
São Paulo e Guarani anteciparam na semifinal do Paulistão o que seria a final do Campeonato Brasileiro do ano seguinte, de 1986. O vencedor foi o mesmo São Paulo. Após empate por 1 a 1 no Brinco de Ouro da Princesa, o time do Morumbi emplacou um 3 a 0 sobre o rival bugrino e garantiu lugar na decisão.
Na outra chave, o cenário foi semelhante. Ferroviária e Portuguesa empataram em Araraquara por 2 a 2, e a Lusa conseguiu depois a vaga ao vencer por 2 a 0 no jogo de volta.
FINAL
As finais foram disputadas no Estádio do Morumbi e estiveram rodeadas de polêmica por causa da arbitragem. Houve ameaças de suspensão do jogo, que não contou com televisionamento. À época, os presidente da FPF, José Maria Marin, do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, e da Portuguesa, Oswaldo Teixeira Duarte, divergiam quanto à indicação do árbitro para a final. Por fim, o novato Antonio de Paula e Silva foi o escolhido.
Na ida, mando de campo rubro-verde, mas vitória tricolor por 3 a 1. Darío Pereyra e Careca, duas vezes, deixaram o São Paulo em vantagem. A Portuguesa, comandada por Jair Picerni, descontou no fim, com Jorginho.
Na partida de volta, quase 100 mil pessoas lotaram a casa são-paulina. No campo, o jogo foi mais parelho, mas o dono da casa voltou a ganhar. Sidney abriu o marcador para o São Paulo. Esquerdinha empatou ainda no primeiro tempo, mas Müller garantiu o troféu tricolor na etapa final.