"Aqueles que me amam, e eu sei que há muitos, e aqueles que me odeiam, sei que há alguns, eu amo todos vocês, especialmente hoje", afirmou o dirigente durante a cerimônia. "Ser presidente da Fifa é uma tarefa incrível, eu vou continuar servindo à Fifa, servindo ao futebol, a todos os 211 países membros da Fifa", concluiu.
Infantino foi eleito em 2016, após o então presidente Joseph Blatter renunciar em meio ao escândalo de corrupção que abalou o mundo do futebol naquele ano. Em 2019, durante novas eleições, encontrou um cenário muito parecido com o atual, pois também não teve oposição, e conseguiu prolongar seu mandato.
Ao ser aclamado presidente mais uma vez, nesta quinta, Infantino fez alguns autoelogios, exaltando os resultados financeiros de sua gestão. Nos últimos quatro anos, durante o ciclo da última Copa do Mundo, a Fifa arrecadou US$ 7,5 bilhões (pouco menos de R$ 40 bilhões na cotação atual).
"Se um CEO de uma empresa disser aos seus acionistas que seus ganhos foram multiplicados por sete, acredito que eles manteriam este CEO para sempre", afirmou o dirigente aos membros da Fifa. "Eles adorariam que essa história continuasse, mas estou aqui apenas para um ciclo de quatro anos", completou.
A gestão de Infantino tem sido marcada por uma aproximação cada vez maior com nações árabes. Ele tem uma casa no Catar e laços fortes com o futebol da Arábia Saudita. Durante a Copa do ano passado, recebeu críticas por causa das violações de direitos humanos praticadas pelo governo do país-sede.
O presidente também tem liderou uma série de alterações na Copa do Mundo. Nesta semana, foi aprovado o formato do Mundial de 2026, que será sediado em conjunto por Estados Unidos, México e Canadá. Agora com 48 seleções, a competição começará com 12 grupos de quatro e terá 104 jogos, com uma fase de mata-mata adicional, antes das oitavas de final. Infantino chegou a propor alterações mais drásticas, como a realização de uma Copa a cada dois anos, mas a ideia não foi bem recebida.