Willian chega ao Athletico com um contrato de empréstimo válido até o fim deste ano, mas não voltará ao Fluminense, uma vez que seu vínculo com a equipe tricolor termina justamente no final de 2023. Ele estava no clube desde dezembro de 2021, após deixar o Palmeiras.
O clube rubro-negro foi um dos primeiros da carreira do atacante, que se profissionalizou no Guarani, em 2004. Quando saiu do time de Campinas, em 2006, foi para vestir a camisa do Athletico, mas não teve uma passagem muito marcante e rodou por Toledo, Vila Nova e Figueirense, até conseguir um contrato com o Corinthians, time no qual conquistou maior projeção. Passou também pelo Metalist, da Ucrânia, e pelo Cruzeiro, antes de ir para o Palmeiras.
No Fluminense, Willian vinha sendo pouco aproveitado pelo técnico Fernando Diniz nestes primeiros meses de temporada, tanto que participou apenas de cinco jogos, todos saindo do banco de reservas. A última vez que esteve relacionado para um jogo foi na vitória por 2 a 1 sobre o Flamengo e não foi utilizado. A partida ocorreu no dia 8 de março, na mesma semana em que a denúncia dos ex-companheiros de Palmeiras veio à tona.
Scarpa e Mayke entraram na Justiça após perderem cerca de R$ 10,8 milhões em investimentos em criptomoedas, indicado pela empresa de gestão financeira WLJC, que tem Willian como um dos sócios. Os três jogaram juntos no Palmeiras entre 2018 e 2021. O investimento foi feito para a empresa Xland Holding Ltda, por intermédio da Soluções Tecnologia Eireli. Era prometido um retorno de 2% a 5% ao mês.
A defesa de Willian alega que ele também é uma das vítimas da XLand, pois teria perdido R$ 17,5 milhões em investimento semelhante ao dos ex-colegas. O próprio atacante se manifestou, em vídeo, para se defender das acusações. "A WLJC é uma empresa de gestão financeira, não é uma empresa de investimentos, não é uma corretora, não sou dono, nem sócio da XLand, muito menos golpista, porque não peguei dinheiro de ninguém. Eu sou vítima, porque até hoje não recebi o meu recurso", disse.
Os problemas com a XLand começaram em meados de 2022, quando os jogadores do Palmeiras tentaram resgatar a rentabilidade, mas não tiveram sucesso após seguidas negativas e adiamentos. Mais tarde, eles tentaram romper o contrato, mas também não receberam o valor devido.
Após seguidos contatos com os sócios da XLand, Jean do Carmo Ribeiro e Gabriel de Souza Nascimento, com Willian e Camila e um coach de gestão financeira, Marçal Siqueira, que tinha parceira com a empresa, Scarpa e Mayke procuraram seus advogados e registraram um boletim de ocorrência. Desde então, o processo corre na Justiça paulista, ainda sem decisões proferidas sobre culpabilidade dos réus.