No mesmo evento, o petista disse que o país não deveria tratar investimentos em saúde como “gasto” e defendeu que estes aportes estejam fora da regra fiscal.
“Não tem investimento maior do que salvar uma vida. Como pode colocar uma coisa como a saúde dentro do teto de gastos?”, questionou.
O presidente disse acreditar que essa “mentalidade” impediu “avanços sociais” durante a história do Brasil. “Toda vez que vamos discutir um avanço social aparece alguém da área econômica para falar que isso é um gasto, que a gente não pode gastar”, disse.
“Quanto custou ao Brasil não fazer as coisas no tempo certo? Quanto custou ao Brasil não cuidar da saúde mais rápido, não alfabetizar o povo na década de 50, não ter feito a reforma agrária antes, não ter acabado com o preconceito racial, não tratar as mulheres com o respeito que elas merecem?”, concluiu.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda que o nova regra fiscal — que substituiria o teto de gastos — terá como base a curva da dívida, o superávit e o controle de gastos.
“O governo encaminha nos próximos dias o projeto de ancoragem fiscal que vai combinar curva da dívida, de outro lado superávit e de outro lado o controle do gasto. É uma medida inteligente e bem feita”, disse Alckmin em evento na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou a nova regra fiscal ao presidente Lula na sexta-feira (17). As linhas gerais do projeto foram explicadas aos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na segunda.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Lula diz que “livros de economia estão superados” ao criticar teto de gastos no site CNN Brasil.