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Greve

Sindicato decide manter greve no metrô de SP nesta 6ª feira


Assim como ocorreu na quinta-feira (23/3), a paralisação vai atingir as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata, afetando mais de 2,5 milhões de passageiros. No primeiro dia, a greve provocou um caos no transporte da capital paulista. Passageiros se aglomeraram para pegar ônibus e trens da CPTM como alternativa e o rodízio de veículos foi suspenso pela Prefeitura, provocando recorde no trânsito.

Em comunicado divulgado à noite, o Metrô afirmou que vai adotar um “plano de contigência” para garantir a operação parcial das linhas nesta sexta. A linha 1-Azul, por exemplo, só irá operar entre as estações Ana Rosa e Luz. A linha 15-Prata do monotrilho ficará fechada.

 

No início da noite, o sindicato e o Metrô de São Paulo participaram de uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT), que acabou sem acordo.

A juíza relatora Eliane Aparecida da Silva Pedroso destacou que o Metrô não aceitou as propostas feitas pelo sindicato e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e “se negou a apresentar qualquer proposta de solução” para a greve.

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Por fim, a magistrada multou a companhia em R$ 100 mil por “conduta antissindical” depois que o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou que retomaria a operação com catraca livre, mas acionou a Justiça comum para obrigar o restabelecimento do serviço com tarifa.

Os metroviários deram um “ultimato” para que o Metrô apresentasse uma proposta até as 23h de quinta. Como não houve nenhum posicionamento da companhia, o sindicato anunciou à meia-noite que a “greve continua”.

 

Os metroviários cobram pagamentos referentes a um abono salarial, cancelamento de punições e de descontos no salário de grevistas. O MPT sugeriu um valor que foi aceito pela categoria, mas recusado pela estatal. Segundo o sindicato, a companhia manteve a posição de que não atenderá a reivindicação de pagamento de abono salarial nem de revogação de demissões.

“O Metrô continuou intransigente. Não apresentou proposta nenhuma, enquanto o MPT apresentou uma proposta de abono para os metroviários e também uma proposta que segue negociações sobre outros itens”, afirmou a presidente do sindicato, Camila Lisboa.

Troca de acusações

No meio da tarde, o sindicato acusou o governador Tarcísio de Freitas de descumprir um acordo que teria sido feito com a categoria e decidiu manter a greve que paralisa a operação das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô desde a madrugada desta quinta-feira.

O Metrô anunciou pela manhã que os trens voltariam a circular com catraca livre, o que não ocorreu. A medida seria tomada após um acordo da companhia com os metroviários.

Pouco depois, no entanto, uma liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) suspendeu a abertura das catracas e determinou a retomada de 80% da operação nos horários de pico e de 60% no restante do dia.

A decisão de manter a greve foi definida em assembleia realizada no início da tarde desta quinta. Segundo o sindicato, 81% de 2 mil trabalhadores votaram a favor da manutenção da paralisação,

O Metrô, por outro lado, afirma que acionou a Justiça “diante da continuidade da paralisação por parte do Sindicato dos Metroviários mesmo com a liberação das catracas”, conforme havia sido acordado.

A decisão do desembargador Ricardo Apostólico Silva determinou a cobrança de uma multa de R$ 500 mil por dia ao sindicato em caso de descumprimento da medida. A entidade disse que irá recorrer.

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São Paulo Greve Metrô SP

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