A festa foi organizada pessoalmente pela primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja. O esquecimento foi encarado como uma desfeita por amigos do escritor e explicaria, em parte, o sentimento de decepção de Coelho com o petista.
O escritor já reclamou a interlocutores da suposta ingratidão do presidente da República e de pessoas próximas a ele, que em momentos de dificuldade buscaram o apoio do escritor -jamais negado, segundo ele.
"Décadas apoiando Lula, noto que seu novo mandato está patético", escreveu, antes de citar os recentes embates de Lula com o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e com o Banco Central. "Não devia ter me empenhado na campanha. Perdi leitores (faz parte), mas não estou vendo meu voto ter valido a pena."
Mesmo morando em Genebra, na Suíça, e não tendo certeza se poderia vir ao Brasil para a data, o escritor gostaria que Lula tivesse desejado a sua presença.
Paulo Coelho disse que apoiou o petista em todas disputas eleitorais recentes, tendo o presidente pedido ou não e mesmo diante de prejuízos que teria sofrido com a perda de leitores.
Apesar da mágoa, pessoas próximas ao escritor ouvidas pela coluna acreditam que um "armistício" possa ser selado entre ele o presidente da República em breve.