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Ribas do Rio Pardo

Em Ribas, denúncias pedem cassação do mandato de quatro vereadores

Ao final da matéria você encontra os links com para ler sobre as denúncias


De acordo com a assessoria da Câmara Municipal, as denúncias são contra os quatro vereadores. (FOTOS: Câmara Municipal)

A Câmara Municipal de Ribas do Rio Pardo coloca em votação, na sessão desta terça-feira (28/03), denúncias pedindo a cassação de quatro vereadores: Luiz do Sindicato (MDB), Cascãozinho (PSC), Paulo da Pax (MDB) e Tiago do Zico (PSDB).

Contra Luiz do Sindicato

Protocolada por Weverton da Silva Conceição, a denúncia acusa o vereador por quebra de citando um acordo de não persecução penal de R$10 mil em que o parlamentar teria celebrado com o Ministério Público para encerrar processo sobre recebimento de mensalinho.

"O acordo de NÃO PERSECUÇÃO PENAL, não significa que o mesmo não poderá e não deverá ser julgado por essa Casa de Leis, claramente o vereador expos esta casa, dando a entender que a corrupção corre no sangue político, envergonhando esta casa, que ainda tem pessoas serias trabalhando", escreve o denunciante.

O documento alega que a tentativa frustrada de recebimento do mensalinho seria um crime, colocando em dúvida se Luiz do Sindicato estaria recebendo os valores se não tivesse sido denunciado.

"Aonde vai parar a dignidade dos representantes do povo? Se aquele que os representam precisa fazer ACORDO para não ser criminalizado! Qual será a moral da essa casa perante a sociedade?", questiona.

Contra Cascãozinho

Protocolada por Evandro Rocha Junior, a denúncia acusa o vereador de quebra de decoro por corrupção passiva, narrando que o parlamentar teria solicitado um "mensalinho" de R$3 mil para compor a base do prefeito João Alfredo (Psol) e facilitar a atual gestão.

Segundo o documento, o pedido teria sido feito por Cascãozinho ao então coordenador de Projetos e Convênios da Prefeitura, Elgne Pereira. "Elge! O João tem que acertar, se não ele não vai conseguir tocar!", teria dito o vereador. "Instado por Elgne sobre como teria que ser feito o "acerto", SIDINEI respondeu: Dá três mil para cada um que resolve o problema! O João vai trabalhar tranquilo … Não adianta, isso daí já se fazia … Tem as empresas que fazem isso … O Paulo fez na passada, e tem as empresas que faziam, então dá para fazer … Você sabe que dá!", segue a narração da denúncia.

Na sequência, Elgne teria dito que o vereador deveria procurar o próprio João Alfredo para tentar um consenso sobre o assunto. Cascãozinho, no entanto, teria falado que: "João não tem jeito de conversar! A gente já deu a entender … Ele que não quer entender do assunto … Não tem como conversar com ele, é difícil …".

"Elgne então elucidou que a quantia solicitada pelos Vereadores, segundo seu conhecimento, era absurda, pois estavam solicitando R$ 5.000, 00 (cinco mil reais) ou R$ 1 0. 000,00 (dez mil reais) por mês, mas SIDINEI insistiu dizendo: Não! Esse povo está doido … Três mil nós resolvemos a vida de todo mundo …", diz a denúncia de Evandro Rocha Junior.

Contra Paulo da Pax

Protocolada por Clovis Carvalho de Souza, a denúncia acusa o vereador por quebra de decoro por possível improbidade administrativa que teria implicado em enriquecimento ilícito. O denunciante aponta que Paulo da Pax foi o "campeão" de diárias na legislatura passada, tendo recebido R$58.500 de 2017 a 19, o que resultaria em uma quantia mensal de R$1.625 que seriam uma complementação do subsídio do vereador.

Segundo o documento, Paulo da Pax é coautor do Projeto de Lei 04/23, que tinha o objetivo de revogar a Lei 1.190/21, que obriga a prestação de contas dos valores recebidos em razão de diárias. "Ora, qual seria o objetivo do vereador Paulo da Pax e dos demais membros da mesa diretora ao proporem um projeto de lei que desobrigaria a prestação de contas no recebimento de diárias?", questiona o denunciante.

O documento ainda recorda duas denúncias feitas contra o vereador no atual mandato: uma onde teria insinuado que o servidor Kleber Souza seria enrabichado do prefeito João Alfredo e outra por suposta tentativa de rachadinha.

"Sendo assim nota-se que o denunciado em questão possui reincidências, colocando em "cheque" a credibilidade desta casa de leis e dos demais membros da mesma", diz a denúncia de Clovis Carvalho de Souza.

Contra Tiago do Zico

Protocolada por Mario Augusto Vissoto, a denúncia inicia acusando o vereador de ter cometido violência doméstica patrimonial, alegando que Tiago do Zico teria colocado em prática uma "maligna estratégia de dilapidação e ocultação patrimonial" com dinheiro destinado à subsistência de sua companheira e filha. O denunciante narra que a agressão pode ser muito maior e mais grave, afetando as vítimas psicológica, moral e fisicamente, dizendo que populares falam até em "tapas" e "bate em mulher".

"Durante os últimos meses (com maior relevo em 1º/03/23) circula pela cidade diversas narrativas de que o vereador denunciado tenha cometido violência doméstica contra sua companheira e filha, sendo certo que parte do problema extravasou a vida privada das partes, afetando toda a sociedade e a dignidade da própria Câmara Municipal", diz o denunciante, citando a repercussão do caso nas redes sociais e no noticiário local.

A denúncia prossegue com um segundo episódio, anexando um processo criminal para apontar que Tiago do Zico foi denunciado pelo Ministério Público por usar seu cargo de vereador para praticar corrupção e advocacia administrativa contra o Município.

"Perceba que pela redação do promotor, a conduta delitiva do denunciado era ousada, pois solicitava vantagens indevidas perguntando se o Município poderia "dar uma amaciada para empresas" do mesmo ramo de atividade da sua família. Até chegar ao ponto de ameaçar o Prefeito induzindo que não desejava deixar governar "procurando coisinhas, via fiscalização parlamentar". E pior, ao receber terminativa negativa do Prefeito, o vereador Tiago do Zico ainda diz a expressão "agora acabou a paz", cogitando absurda tentativa de alterar a Lei Orgânica do Município para viabilizar contratação da empresa de sua companheira para o transporte público escolar", escreve Mário Augusto Vissoto.

Tramitação

Na sessão desta terça-feira (28/03), será votada a admissibilidade ou não da acusação de cada uma das denúncias. Caso a maioria dos vereadores presentes decida aceitar alguma delas, de imediato será sorteada uma comissão processante para dar andamento à respectiva tramitação. Se não houver maioria favorável, os documentos são arquivados.

Denúncias

Clique aqui e acesse a denúncia contra Luiz do Sindicato;

Clique aqui e acesse a denúncia contra Cascãozinho;

Clique aqui e acesse a denúncia contra Paulo da Pax;

Clique aqui e acesse a denúncia contra Tiago do Zico.

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