Um deles, proposto nessa quarta-feira (29/3) pelo deputado Rafael Zimbaldi (Cidadania), obriga todas as escolas da rede pública e privada do estado a instalar um botão do pânico, que permite o acionamento imediato da polícia em caso de emergência. “O acionamento do botão de pânico deve ser acompanhado de um alarme sonoro e visual, que informará a todos que uma situação de emergência está em curso”, diz um dos artigos da proposta.
O projeto estabelece que o acionamento do botão de pânico poderá ser realizado por qualquer funcionário da escola, professor ou aluno em “situações de perigo iminente, tais como invasões, ameaças de atentados, atos de violência ou outras situações que coloquem em risco a segurança dos alunos e funcionários”. Após o alarme, a polícia se deslocar imediatamente para o local da ocorrência.
“O botão de pânico é uma medida simples e eficiente para permitir o contato direto entre a escola e a polícia local em casos de emergência, garantindo uma resposta rápida e eficaz em situações de perigo. Além disso, a instalação do botão de pânico pode ajudar a prevenir situações de risco, uma vez que a presença do equipamento pode inibir potenciais agressores”, escreveu o deputado Rafael Zimbaldi na justificativa do projeto.
No caso do ataque ocorrido na Escola Estadual Thomázio Montoro, na última segunda-feira (27/3), que resultou na morte da professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, a antiga escola do autor do atentado já havia alertado a polícia, por meio de um boletim de ocorrência, sobre o “comportamento suspeito” do estudante um mês antes da tragédia.
Inteligência emocional
No mesmo dia, a deputada Letícia Aguiar (PP) apresentou um projeto para incluir a matéria de inteligência emocional na grade curricular da educação básica pública e privada do estado. Segundo a parlamentar, além de desenvolver habilidades como autoestima, autonomia e o senso cooperação dos alunos, a nova disciplina ajudará a reduzir casos de bullying nas escolas.
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Em depoimento à polícia, o autor do ataque que matou a professora na escola estadual em São Paulo, na última segunda-feira, aponta o bullying que sofria de colegas de classe como uma das motivações para querer se vingar e matar pessoas. Uma semana antes, a professora assassinada havia apartado uma briga entre ele e outro jovem, que se xingaram de “rato de esgoto” e “macaco”, segundo o agressor.
Veto a clubes de tiro e reforça da PM
Já o deputado Carlos Giannazi (PSol) protocolou, logo após o atentado, um projeto que proíbe a instalação e o funcionamento de clubes e estandes de tiros em um raio de três quilômetros das escolas públicas e privadas do estado. O objetivo é evitar que os estudantes tenham contato com armas e casos de violência dentro das escolas.
Imediatamente após o ataque de segunda-feira, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que está em viagem pela Europa, disse que estuda contratar policiais militares da reserva para fazer a segurança de escolas estaduais de São Paulo.
Essa mesma ideia, contudo, foi lançada pelo ex-governador João Doria (ex-PSDB) após o Massacre de Suzano, na Grande São Paulo, em 2019, mas não chegou a ser implementada. O episódio terminou com oito vítimas fatais, sendo sete na Escola Estadual Raul Brasil, além dos dois atiradores.
O secretário da Educação, Renato Feder, disse após o atentado que a secretaria possui uma plataforma pela qual toda ocorrência dentro de escolas é comunicada às diretorias de ensino, para que sejam tomadas as providências necessárias, e que pretende ampliar o programa de psicólogos para atender alunos e professores, que havia sido suspenso pelo governo há pouco mais de um mês.
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